No mesmo dia em que o governo de São Paulo divulgou o balanço mensal sobre criminalidade, os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes usaram o horário eleitoral gratuito na televisão para debater o tema. Ainda nesta tarde, a segurança pública foi o assunto predominante no debate promovido por SBT, Folha de S. Paulo, UOL e rádio Jovem Pan. Na TV, Paulo Skaf (PMDB) usou dados sobre o número de estupros para criticar o atual governo. Já Alexandre Padilha, do PT, abordou a situação nos presídios e divulgou seu programa de segurança baseado em monitoramento por câmeras de segurança, inspirado em um projeto similar que funciona na cidade de Chicago, Estados Unidos.
O governador Geraldo Alckmin, que concorre à reeleição pelo PSDB, citou o programa Detecta, lançado recentemente pelo Palácio dos Bandeirantes. O sistema integra bancos de dados, imagens de câmeras de trânsito e ligações para a central de atendimento da Polícia Militar e foi inspirado em um programa semelhante que funciona em Nova York.
Nesta tarde, a Secretaria de Segurança Pública divulgou estatísticas sobre segurança tanto no Estado quanto na capital paulista. Pela 14ª vez consecutiva houve aumento no número de roubos, o delito que mais cresce em São Paulo. No mês passado, foram registrados 25.825 casos de roubos no Estado, ante 22.931 de julho de 2013, o que representa uma alta de 12,6%.
O aumento, mais uma vez, foi puxado pela capital, que registrou duas de cada três ocorrências de roubo no Estado. Na cidade de São Paulo, o número de roubos cresceu 20,2% na comparação entre julho deste ano e julho do ano passado, chegando a 13.689 casos.
Já os homicídios dolosos, quando há intenção de matar, cresceram tanto no Estado quanto na capital. Na cidade, é o primeiro aumento de assassinatos desde o mês de janeiro. O crescimento foi de 3,6%, de 83 casos registrados em julho do ano passado para 86 registros no último mês. No Estado todo, é o terceiro mês neste ano em que há aumentos, na comparação com os meses equivalente de 2013. O crescimento foi de 6,7% nos casos, de 311 para 332 ocorrências.
(Com Estadão Conteúdo)