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Na CPI, Witzel diz que milícias estão por trás da máfia da saúde no Rio

Cassado, ex-governador fluminense afirmou aos senadores estar correndo risco de vida. No ano passado, ele não descartou a VEJA deixar o país

Por Cássio Bruno 16 jun 2021, 15h01

Ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) disse nesta quarta-feira, 16, em depoimento à CPI da Pandemia, no Senado, que seu impeachment teve o financiamento da máfia da área da Saúde. Segundo Witzel, as milícias estariam por trás do esquema de corrupção no governo fluminense. Sem dar detalhes, o ex-juiz federal afirmou aos senadores estar correndo risco de vida e, por isso, pedirá uma sessão privada à comissão para poder dar mais detalhes sobre o assunto.

“Corro risco de vida. Tenho certeza. Porque a máfia da saúde no Rio de Janeiro e quem está envolvido por trás dela. E eu tenho certeza de que tem miliciano envolvido por trás disso. Eu corro risco de vida e a minha família”, ressaltou o ex-governador à comissão. “Inclusive, já disse que era a minha intenção sair do país para que pudesse preservar minha integridade física e da minha família”, completou Witzel referindo-se à entrevista exclusiva a VEJA em outubro do ano passado. A ideia dele era ir morar no Canadá.

De acordo com Witzel, o impeachment sofrido teve a ajuda das Organizações Sociais (OSs) que prestaram serviços à gestão dele e estão sendo investigadas. Além disso, o ex-governador reforçou que o processo de seu afastamento se deu de forma acelerada e sem respeito às leis. Ele declarou ser vítima de um “tribunal de exceção”. “O meu impeachment foi financiado por estas OSs e alguém recebeu este dinheiro”, afirmou Witzel. O ex-magistrado sugeriu aos integrantes da CPI que aprofunde nas investigações em hospitais federais no Rio porque, declarou ele, “têm um dono”.

Witzel é réu em processo que apura corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-governador do Rio foi denunciado em um desdobramento da Operação Lava Jato, que apontou desvio de recursos na área da Saúde de sua gestão durante a pandemia. A suspeita é de que o ex-juiz federal tenha recebido, por intermédio do escritório de advocacia da esposa, Helena Witzel, pelo menos R$ 554,2 mil em propina. O casal sempre negou irregularidades. Witzel obteve no STF direito de não comparecer à comissão, mas decidiu comparecer e responder as perguntas dos senadores conforme antecipou VEJA na última terça-feira, 15.

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