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MPRJ espera ex-assessor de Flávio Bolsonaro para depoimento hoje

Fabrício Queiroz foi citado em um relatório Coaf por movimentações consideradas atípicas em sua conta bancária

Por Da Redação Atualizado em 9 jan 2019, 20h30 - Publicado em 19 dez 2018, 10h57

O Ministério Público do Rio de Janeiro vai ouvir nesta quarta-feira o depoimento do ex-assessor do senador eleito e deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), Fabrício José Carlos Queiroz. Ele foi citado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por movimentações consideradas atípicas em sua conta bancária. Desde que o documento foi revelado, Queiroz não se manifestou. 

O Coaf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que atua na prevenção à lavagem de dinheiro, alertou sobre uma movimentação suspeita de 1,2 milhões de reais na conta de Queiroz entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O montante foi considerado incompatível com o patrimônio e renda do ex-motorista.

No documento, também foram listadas as transferências de sete servidores que passaram em diferentes momentos pelo gabinete de Flávio. O relatório também cita um repasse de 24 mil reais para a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro – o presidente eleito Jair Bolsonaro, pai de Flávio, disse que se tratava do pagamento de uma dívida antiga do policial militar com ele.

O ex-PM trabalhou durante cerca de dez anos com Flávio e foi motorista dele na Assembleia Legislativa do RJ. Além desses sete servidores, o próprio Fabrício Queiroz depositou outros 94.812 reais nesta conta, mantida em uma agência do banco Itaú no bairro da Freguesia, zona oeste da capital fluminense.

O relatório foi produzido no âmbito da Operação Furna da Onça, que levou à prisão dez deputados estaduais do Rio em 8 de novembro. Flávio não é investigado pela operação. Contudo, todos os servidores da Alerj tiveram suas contas bancárias esmiuçadas pelo Coaf, a pedido da Polícia Federal.

O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu 22 procedimentos de investigação criminal com base no relatório do Coaf, que, além de Queiroz, mapeou contas de 75 servidores e ex-funcionários da Alerj, ligados a outros vinte deputados. O MPRJ investiga a movimentação financeira de assessores de deputados estaduais com valores superiores ao salário que recebiam. O órgão destaca, entretanto, que as movimentações indicadas pelo Coaf não representam, necessariamente, a prática de crimes.

Flávio Bolsonaro nega qualquer irregularidade. Nesta terça-feira (18), ao ser diplomado como senador eleito, ele afirmou que as denúncias vieram à tona para atingir a ele e a seu pai. “Eu não tenho que dar mais explicações sobre isso, quem tem que falar é meu ex-assessor. A movimentação atípica foi na conta dele, não foi na minha. Eu não tenho a senha do cara para saber o que houve”, declarou o senador eleito.

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