O Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO) ofereceu uma nova denúncia contra Carlinhos Cachoeira e outras 16 pessoas. Esta segunda acusação trata do crime de depósito e exploração comercial de caça-níqueis compostas por equipamentos eletrônicos contrabandeados. Cachoeira estava preso desde fevereiro e foi solto na madrugada desta quarta-feira.
Segundo o MPF-GO, o intervalo entre a primeira denúncia, apresentada em 19 de março, e a segunda, de 14 de novembro, se deve principalmente pela espera da conclusão dos laudos periciais nos equipamentos apreendidos. Os pareceres técnicos mostraram que as “máquinas examinadas apresentavam componentes de origem estrangeiras e tratavam-se de máquinas do tipo caça-níquel”, que fazem parte dos equipamentos para exploração de jogos de azar, proibidos no país.
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Desde a operaçao Monte Carlo, foram apreendidos 345 equipamentos deste tipo: 202 caça-níqueis em Valparaíso, 101 em Brasília e 42 em Goiânia. A quadrilha teria arrecadado cerca de 11 milhões de reais entre janeiro e setembro de 2011.
Para evitar que os suspeitos fujam, o juiz da 5ª vara Federal determinou, no recebimento da denúncia, o recolhimento dos passaportes dos acusados, a proibição de se ausentarem das cidades onde moram sem comunicar ao juiz e a proibição de viajarem ao exterior.
Se condenados, os envolvidos nos crimes terão de cumprir até quatro anos de reclusão, que variam de acordo com a participação no esquema – Cachoeira, por exemplo, é imputado por 12 crimes nesta nova denúncia. A pena se soma às previstas na primeira denúncia – quando foram acusadas 80 pessoas, incluindo policiais militares, civis e federais, por formação de quadrilha armada, corrupção, peculato e violação de sigilo perpetrado por servidores públicos federais, estaduais e municipais.