Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Moro condena operador do PMDB por corrupção e lavagem de dinheiro

Jorge Luz e o filho, Bruno, foram considerados culpados de envolvimento com esquema de corrupção em navios-sonda da Petrobras

Por Da Redação
Atualizado em 20 out 2017, 16h11 - Publicado em 20 out 2017, 11h10

O juiz federal Sergio Moro condenou, na manhã desta sexta-feira, o doleiro paraense Jorge Luz, identificado pelos investigadores da Operação Lava Jato como operador do PMDB. Luz foi considerado culpado por dois crimes de corrupção passiva e seis de lavagem de dinheiro, referentes à construção e contratos de operação de dois navios-sonda da Petrobras, batizados de “Petrobras 10000” e “Vitória 10000”. As penas do lobista somam treze anos e oito meses de prisão e multa de 481.400 reais.

No mesmo processo, parte da Operação Lava Jato, Moro também considerou culpados o filho de Jorge, Bruno Luz, os empresários Milton e Fernando Schahin, os ex-gerentes da Petrobras Demarco Jorge Epifânio e Luis Carlos Moreira da Silva e o engenheiro elétrico Agosthilde Mônaco de Carvalho. Moreira da Silva foi preso na sequência, por um mandado de prisão preventiva emitido em decorrência da sentença.

Segundo a denúncia que resultou na condenação, a Samsung Heavy Industries teria acertado com os investigados propinas de 15 e 20 milhões de dólares referentes aos navios Petrobras 10000 e Vitória 10000 e o Grupo Schahin firmado um acordo para operar a segunda embarcação, o que também teria ocasionado pagamentos para os agentes. As negociações já foram alvo de outros processos da Lava Jato com condenação.

O processo que se encerra na primeira instância com a decisão de Moro, portanto, tratou da descoberta de novos envolvidos e novas operações financeiras ilícitas, reveladas a partir de acordos de colaboração premiada firmados com condenados. Jorge e Bruno, segundo o juiz, fizeram “do crime de corrupção e de lavagem a sua profissão, visando seu próprio enriquecimento ilícito e de terceiros. Em síntese, intermediaria vantagem indevida a agentes públicos ou políticos como meio de vida”.

Continua após a publicidade

O filho do operador foi condenado por Moro a seis anos e oito meses. Luis Carlos Moreira foi condenado a doze anos de prisão em regime fechado; Fernando Schahin a nove anos e nove meses, em regime inicial semiaberto; Milton Schahin a seis anos e quatro meses, reduzidos a um ano em regime fechado e um ano em regime semiaberto, por conta de acordo de colaboração; Demarco Jorge Epifânio seis anos e sete meses. Já a pena para o engenheiro Agosthilde de Carvalho será extinta, porque o crime de lavagem cometido por ele prescreveu.

Para o magistrado, a conduta adotada é de alta gravidade pela aquisição das sondas ter sido feita “sem processo competitivo e sem a demonstração de sua efetiva necessidade”. Apesar do processo em questão não versar sobre políticos, o juiz disse ser importante não esquecer que parte da propina se direcionou a autoridades. “A corrupção com pagamento de propina de milhões de dólares e de reais e tendo por consequência prejuízo equivalente aos cofres públicos e envolvendo corrupção de agentes políticos merece reprovação especial”, escreveu.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.