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Ministério do Trabalho amanhece com salas reviradas

Todo o andar onde funciona a Secretaria de Políticas Públicas de Emprego foi isolado pela Polícia Federal

Por Da Redação Atualizado em 16 jul 2018, 13h00 - Publicado em 16 jul 2018, 11h40

Pelo menos duas salas do Ministério do Trabalho amanheceram com documentos e objetos revirados nesta segunda-feira. De acordo com a assessoria da pasta, todo o primeiro andar do prédio, onde funciona a Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, foi isolado para perícia da Polícia Federal.

Ainda conforme a assessoria do órgão, não é possível dizer se houve arrombamento nem se objetos e documentos foram levados. As imagens do circuito de segurança do ministério foram encaminhadas para investigação da PF, que também isolou uma área externa do prédio. A secretaria cuida de programas como o seguro-desemprego e abono salarial.

Registro espúrio

O Ministério do Trabalho está no centro de uma investigação que apura fraudes na concessão de registros sindicais. A Operação Registro Espúrio, que obrigou a pasta a fazer um pente-fino nos processos, foi deflagrada no fim de maio. São investigados o ex-ministro Helton Yomura, afastado do cargo depois de ter sido alvo na terceira fase da operação, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, pivô do escândalo do mensalão do PT, e os deputados Jovair Arantes (PTB), Paulinho da Força (Solidariedade), Wilson Filho (PTB) e Nelson Marquezelli (PTB). A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Jefferson, também é investigada na ação da PF.

Reportagem de capa de VEJA mostrou como funciona a engrenagem de concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho, com o pagamento de propina a servidores indicados politicamente pelo PTB e pelo Solidariedade. O PTB comanda a pasta desde o início do governo do presidente Michel Temer (MDB), em maio de 2016.

Até o fim de 2017, a pasta foi comandada pelo deputado federal Ronaldo Nogueira (RS), que retornou ao Congresso para pavimentar sua candidatura à reeleição. Em janeiro, outra parlamentar do PTB, Cristiane Brasil (RJ), chegou a ser nomeada para o cargo por Temer, mas não assumiu por decisão da Justiça.

Em março, VEJA revelou como tem funcionado a autorização para o funcionamento de sindicatos no Brasil. Em uma reunião gravada, dois lobistas que atuam em nome de políticos dos partidos detalham ao empresário Afonso Rodrigues, que desde 2012 tentava registrar um sindicato em Goiás, os custos da operação.

A “conta” da propina ficou em nada menos que 3,2 milhões de reais. Para fechar o negócio, combinaram a assinatura de um “contrato de consultoria”, por meio do qual seriam repassados os valores espúrios. O tal documento foi entregue ao empresário num posto de gasolina no interior de Goiás, encontro registrado num vídeo obtido por VEJA.

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