O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu a entender nesta segunda que não irá se pronunciar sobre os pedidos de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) que foram protocolados na Câmara e dependem da sua análise para irem adiante ou para o arquivo da Casa.
Segundo ele, ao rejeitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente pelo crime de corrupção passiva, a “Câmara já se decidiu sobre o assunto”. A acusação da PGR se fundamentou em informações da delação de executivos da JBS, que também serviu de sustentação para alguns dos 26 pedidos de impedimento já protocolados.
“A Cãmara já julgou os fatos que estão colocados na maioria dos processos. Se a gente ficar remoendo o mesmo assunto, eu acho que só vai gerar instabilidade para o Brsail”, disse o presidente da Câmara.
Na semana passada, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para forçar Maia a dar um parecer com urgência sobre os pedidos de impeachment, entre eles o da própria instituição de advogados, que foi apresentado em maio, alguns dias depois da delação da JBS vir à tona.
A OAB defende o afastamento de Temer por entender que ele cometeu crime de responsabilidade e violou o decoro do cargo ao receber no Palácio do Jaburu, em encontro fora da agenda, o dono da JBS Joesley Batista, que na época era investigado em pelo menos três operações policiais diferentes.