O presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-RS), negou nesta segunda-feira ter interferido junto à Polícia Legislativa da Casa em favor do deputado Roberto Policarpo (PT-DF), acusado de compra de votos na eleição de 2010. A edição de VEJA desta semana mostra como a corporação extrapolou seus poderes e tentou intimidar três testemunhas do caso, convocadas a depor sob acusação de chantagem. Apesar disso, Maia garante que não conversou com o colega de partido sobre o caso – contrariando afirmações do próprio Policarpo a VEJA.
“Ele não falou comigo em nenhuma oportunidade”, afirmou Maia, que jura não ter ficado sabendo da investigação até a publicação da reportagem. “Em nenhum momento o deputado Policarpo me procurou”. Maia, hierarquicamente responsável pelas atitudes da Polícia Legislativa, diz que mantém distância dos trabalhos da corporação: “Nestes seis meses em que estou aqui, não fui consultado sobre nenhuma atividade da Polícia Legislativa”, garantiu.
Maia disse ainda que não discutiria o método usado pela corporação, mas garantiu que irá analisar se for informado de algum abuso – como se isso já não houvesse ocorrido. Mais cedo, Maia havia emitido uma nota na qual se eximia de qualquer responsabilidade no caso.
Também nesta segunda-feira, o PPS pediu à Corregedoria da Casa que apurasse o episódio. “Isso é abuso de autoridade para intimidar pessoas simples que estão respondendo um processo eleitoral por beneficiar alguém”, disse o deputado federal Rubens Bueno, líder do PPS, que assina a representação. “A polícia legislativa não é para intimidar pesssoas de bem”.
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