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Lula pede para ir ao enterro de Sigmaringa Seixas, mas Justiça nega

Defesa alegou que ex-presidente e advogado eram "amigos íntimos" havia mais de 30 anos, mas não obteve autorização para deixar a cadeia

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 dez 2018, 18h00 - Publicado em 25 dez 2018, 17h49

A Justiça Federal do Paraná negou na tarde desta terça-feira, 25, o pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ir ao enterro do advogado e ex-deputado Luiz Carlos Sigmaringa Seixas, morto nesta manhã, aos 74 anos. O velório será realizado em Brasília na quarta-feira, 26.

O advogado de Lula, Manoel Caetano Ferreira Filho, alegou que o ex-presidente e Sigmaringa eram “amigos íntimos há mais de 30 anos”. O pedido foi protocolado junto à Justiça Federal do Paraná, às 14h02, e negado pouco mais de uma hora depois, às 15h12, pelo juiz plantonista Vicente de Paula Ataíde Júnior.

O magistrado justificou sua decisão ao citar o artigo 120 da Lei de Execução Penal, segundo a qual prisioneiros podem sair para velórios apenas em caso de falecimento ou doença grave do “cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão”. Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba há oito meses. 

Sigmaringa Seixas lutava contra um câncer e sofreu complicações de um transplante de medula óssea no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.  Nascido em Niterói (RJ), em 7 de novembro de 1944, Sigmaringa Seixas exerceu mandatos na Câmara dos Deputados por PMDB, PSDB e PT e recentemente fez parte da defesa de Lula. 

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Sua morte foi lamentada nas redes sociais por diversos políticos, incluindo os petistas Gleisi HoffmanEduardo Suplicy. “Lutador incansável pela justiça e pela democracia em nosso país. Vai fazer muita, muita falta Sig! Solidariedade à família e amigos”, escreveu à senadora, enquanto Suplicy o definiu como “um amigo certo das horas incertas.”

Sigmaringa Seixas se notabilizou por atuar em causas humanitárias e na luta contra a ditadura. Foi advogado de presos políticos e criou Comitê Brasileiro de Anistia. Em 1979, filiou-se ao PMDB, e sete anos depois foi eleito deputado federal constituinte. Em 1988, migrou para o recém-criado PSDB, pelo qual foi eleito para novo mandato em 1990. Em 1997, foi para o PT, pelo qual se elegeu entre 2003 e 2007. 

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Sigmaringa Seixas, em foto de 2006 (Beto Barata/Estadão Conteúdo)

Atual governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) o definiu como um “democrata, que sempre investiu no diálogo para buscar soluções para o Brasil.

Sigmaringa Seixas foi diversas vezes cotado para assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) durante os governos de Lula, mas sempre preferiu permanecer na advocacia. Ele era filho do ex-presidente da OAB/DF Antônio Carlos Sigmaringa Seixas, que morreu em 2016, aos 94 anos.

 

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