Lula: ‘Blusa e bandeira do Brasil não são desse fascista do Bolsonaro’
Ex-presidente fez discurso duro em seu último ato público na passagem de cinco dias pelo Rio
Diante de uma Concha Acústica da Uerj lotada, Lula aproveitou para mandar recado às Forças Armadas na tarde desta quarta-feira, 30. “O papel dos militares não é ficar puxando o saco do Bolsonaro. Nem do Lula, do Celso Amorim, de ninguém”, disse. “Eles têm que estar acima de brigas políticas. Presidente não tem que ficar falando ‘Ah, meus militares’.”
Na sequência, afirmou que Bolsonaro, seu maior adversário na eleição de outubro, sequestrou os símbolos nacionais para compensar a falta de coerência partidária ao longo de sua vida política.
“Ele é tão frágil, tão boçal, que como ele não tem partido político, o partido dele não tem hino, programa, ele pegou a blusa da seleção, a bandeira do Brasil e pegou para ele. Mas a blusa e a bandeira não são desse fascista”, vociferou, pouco antes de erguer uma bandeira nacional, raridade em meio aos apetrechos vermelhos do PT.
Organizado pelo Grupo de Puebla, o evento na Uerj foi o último ato público de Lula nesta passagem de cinco dias dele pelo Rio. À noite, ele estará no Show de Verão da Mangueira, numa casa de espetáculos da zona sul da cidade, mas não deve sair do camarote.
Desde sábado, o presidenciável teve eventos públicos, conversas políticas reservadas – incluindo prefeitos ligados a Bolsonaro -, encontros com artistas e um discurso a petroleiros.