Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lava Jato: Vargas tenta anular provas em processo por lavagem

Ex-deputado petista, réu em duas ações no petrolão, acusa o MP de ter utilizado dados fiscais sigilosos para apresentar nova acusação

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jul 2015, 12h43
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O deputado cassado André Vargas (ex-PT-PR) apresentou nesta segunda-feira à Justiça Federal do Paraná contestação sobre a validade das provas produzidas pelo Ministério Público em uma ação a que responde por lavagem de dinheiro. O político é réu em dois processos que envolvem o escândalo do petrolão e é acusado de ter recebido propina a partir de contratos de publicidade envolvendo a Caixa Econômica e o Ministério da Saúde e, depois, ter fraudado documentos para comprar um imóvel na cidade de Londrina.

    Publicidade

    Leia também:

    Publicidade

    CPI rejeita pedido de dispensa de Barusco

    Procuradoria liga telefonemas a propina da Odebrecht

    Publicidade

    De acordo com a denúncia, Vargas e sua família utilizaram dinheiro repassado como propina pela agência de publicidade Borghi/Lowe para comprar uma casa, fraudando o valor do imóvel, declarado por 500.000 reais mas adquirido por 980.000 reais. O dinheiro pago pela agência era repassado como propina para as empresas de fachada Limiar e LSI.

    Continua após a publicidade

    Para a defesa de Vargas, o Ministério Público conseguiu de forma ilegal um relatório da Receita Federal que comprovaria a manobra fiscal utilizada na compra do imóvel. De acordo com os advogados, não houve ordem judicial que autorizasse a quebra do sigilo fiscal do ex-deputado. Mesmo assim, a Receita Federal teria compartilhado com o MP os dados, utilizados na sequência como evidências de fraude na aquisição da casa.

    Publicidade

    André Vargas já é réu em outro processo por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. De acordo com a acusação, o ex-deputado participava de um esquema de repasse de dinheiro realizado pela agência de publicidade Borghi/Lowe, que remetia 10% dos ganhos a título de bônus de volume a empresas de Vargas e seu irmão, Leon, sem haver qualquer prestação de serviço que justificasse os pagamentos. Para a defesa do político, a nova denúncia de fraude na compra da casa seria apenas uma extensão da acusação já feita no outro processo, sendo que a aquisição do imóvel seria, no máximo, o exaurimento do crime de lavagem, e não uma nova irregularidade.

    “Absolutamente nada foi produzido após a primeira denúncia que justificasse o oferecimento de nova denúncia. O que se pode afirmar é a deliberada tentativa do Ministério Público Federal de agravar a situação do acusado [André Vargas] e satisfazer os anseios punitivos e midiáticos que norteiam a acusação”, diz a defesa. O caso será analisado pelo juiz Sergio Moro.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.