Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Lava Jato: empresário fecha acordo de delação e é solto

João Antonio Bernardi aceitou devolver US$ 10 milões em obras de arte e pagar multa no valor de 1 milhão de reais

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 out 2015, 13h42
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O empresário João Antonio Bernardi fechou acordo de delação premiada e foi colocado em liberdade nesta segunda-feira, depois de o juiz Sergio Moro ter homologado a colaboração dele com a Justiça. Ele concordou em devolver 10 milhões de dólares em obras de arte e em imóveis, além de pagar multa no valor de 1 milhão de reais.

    Publicidade

    Bernardi é considerado peça-chave nas investigações porque pode implicar ainda mais o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Segundo o Ministério Público, Bernardi pagou propina a Duque para favorecer a empresa que trabalhava, a multinacional italiana Saipem, interessada em contratos com a estatal.

    Publicidade

    Duque e Bernardi negociaram a contratação da Saipem para a obra de instalação de um gasoduto submarino da Petrobras para interligar os campos de Lula e Cernambi. No esquema que beneficiou a empresa, a Saipem apresentou, em agosto daquele ano, propostas inviáveis para a obra, mas ainda assim saiu vencedora do certame depois de influência direta de Renato Duque. Mensagens de e-mail em poder dos investigadores da Lava Jato apontam para a relação próxima entre João Bernardi e Renato Duque. Além de o executivo ter visitado o então dirigente da Petrobras “dezenas de vezes” ao longo de 2011, uma conversa telefônica entre os dois mostra que Duque era tratado como “mestre” pelo executivo.

    Leia mais:

    Publicidade

    Na trilha da Operação Lava Jato

    Em 2012, para ocultar fraudes antecedentes e dar ares de legalidade aos benefícios repassados a Duque, João Bernardi comprou em nome próprio ou em nome da empresa Hayley do Brasil, também envolvida na trama, obras de arte em favor do ex-diretor da Petrobras.

    Publicidade

    Renato Duque já foi condenado a 20 anos e oito meses por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no processo que investigou desvios de recursos e pagamento de propina envolvendo quatro projetos da Petrobras – os gasodutos Urucu-Coari e Pilar-Ipojuca e as refinarias de Araucária (PR) e Paulínia (SP). Duque é réu em outro processo, o que apura o pagamento de propina para beneficiar a empresa Saipem, e já tentou fechar com o MP um acordo de delação premiada.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.