Justiça determina que presídio investigue telefonema de Dirceu na cadeia
Preso na penitenciária da Papuda, petista teria conversado por telefone com o secretário da Indústria e Comércio da Bahia; penitenciária arquivou o caso sumariamente
José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
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O juiz Mario José de Assis Pegado, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, determinou nesta sexta-feira que o Complexo Penitenciário da Papuda instaure ocorrência administrativa e um inquérito disciplinar para apurar se o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu utilizou um telefone celular dentro do presídio. Condenado no escândalo do mensalão a dez anos e dez meses de prisão, Dirceu teria conversado no último dia 6 de janeiro com o secretário da Indústria, Comércio e Mineração do governo da Bahia, James Correia, conforme revelou o jornal Folha de S.Paulo. Enquanto a apuração disciplinar não for concluída, fica suspensa a análise de benefícios externos ao ex-ministro, como a proposta para o mensaleiro trabalhar na biblioteca do criminalista José Gerardo Grossi.
Na última segunda-feira, o juiz Ângelo Pinheiro Fernandes de Oliveira já havia determinado a investigação e a suspensão de eventuais benefícios a Dirceu enquanto o caso não fosse esclarecido. “Considerando a informação sobre o suposto envolvimento do sentenciado em falta disciplinar de natureza grave, e a fim de manter o tratamento isonômico dado por este Juízo aos internos do sistema carcerário local, suspendo cautelarmente a análise de eventuais benefícios externos do sentenciado, até a conclusão do apuratório disciplinar”, disse.
Nesta sexta, o juiz Assis Pegado reiterou as exigências de investigação da VEP após ter constatado que “da apuração sumária realizada diretamente pela Sesipe [Subsecretaria do Sistema Penitenciário] não restaram atendidas às determinações desta Vara de Execuções Penais”.
O novo veredicto da VEP ocorreu após o presídio da Papuda ter arquivado sumariamente o caso envolvendo Dirceu. Em ofício encaminhado à Justiça, a Papuda havia informado a “desnecessidade de apuração disciplinar de fato atribuído ao interno” por considerar que a suspeita de uso de telefone celular era “inverídica”. Para embasar a decisão de não investigar o caso a fundo, o presídio disse ter relatório de inteligência sobre o caso e nota oficial emitida pelo secretário do governo da Bahia negando o episódio.
Em sua decisão, porém, o juiz reitera que o episódio deve ser investigado detalhadamente e elenca uma série de medidas a serem tomadas pelo local onde Dirceu cumpre pena em regime semiaberto. Entre elas estão depoimento do responsável pelo plantão no dia do suposto telefonema, a oitiva de servidores que acompanhavam o mensaleiro no dia da visita em que teria ocorrido a irregularidade, além da declaração de servidores que autorizam o ingresso de advogados e informações sobre se houve ou não revista aos defensores naquele dia. Dirceu também será ouvido para esclarecer os fatos.
A Papuda e a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do governo do Distrito Federal terão prazo de 30 dias para apurar o caso e remeter o inquérito disciplinar à Vara de Execuções Penais.
1/51 José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
2/51 José Genoino se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
3/51 O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, durante análise dos recursos apresentados pelas defesas dos 25 réus condenados pela corte, os chamados embargos, nesta quarta-feira (21) (Pedro Ladeira/Folhapress/VEJA)
4/51 A deputada Angela Guadagnin (PT-SP) dançando no plenário da Câmara dos Deputados após a votação que absolveu o deputado João Magno (PT-MG) do processo de cassação, no Congresso Nacional, em Brasília (Beto Barata/Agência Estado/VEJA)
5/51 O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, durante pronunciamento da sua demissão do cargo e o retorno ao cargo de deputado federal, no Palácio do Planalto, após as denúncias do deputado Roberto Jefferson acusando-o de envolvimento no esquema do "mensalão" (Joedson Alves/Agência Estado/VEJA)
6/51 O ex-deputado Roberto Jefferson concede entrevista coletiva à imprensa, na sede do PTB (Agêcia Brasil/Divulgação/VEJA)
7/51 Simone Vasconcelos, diretora financeira da agência SMPB Comunicação, de propriedade do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, depondo na CPMI dos Correios, no Senado Federal (Ana Araujo/VEJA)
8/51 O empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, citado pelo deputado Roberto Jefferson como pagador do "mensalão", durante seu depoimento na CPMI dos Correios (Celso junior/Agência Estado/VEJA)
9/51 O ministro e relator Joaquim Barbosa, em sessão no plenário do STF que julga o inquérito do "mensalão", esquema de compra de votos de parlamentares (Carlos Humberto/Agência BG Press/VEJA)
10/51 José Dirceu, deputado federal do PT-SP e ex-ministro-chefe da Casa Civil, durante depoimento ao Conselho de ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados (Ana Araujo/VEJA)
11/51 O deputado federal José Dirceu (PT-SP) apresenta a sua defesa no Conselho de éica e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, no Congresso Nacional (Celso Júnior/Agência Estado/VEJA)
12/51 Deputados federais José Dirceu, indicado Ministro da Casa Civil, José Carlos Martinez, do PTB-PR, José Genoíno, presidente do PT e Roberto Jefferson, presidente do PTB, conversando sobre acordo político entre seus partidos (Alan Marques/Folha Imagem/VEJA)
13/51 O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, durante acareação com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares em sessão da CPI Mista da Compra de Votos (mensalão), no Congresso Nacional (Beto Barata/Agência Estado/VEJA)
14/51 Reprodução de imagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, com a entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concedida em Paris, sobre as declarações prestadas pelo ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares de Castro, e pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, na CPI dos Correios (Reprodução Rede Globo/VEJA)
15/51 Parlamentares discutem na sessão da CPI dos Correios no Congresso Nacional, em BrasÌlia, sobre a quebra de sigilo bancário de Delúbio Soares, José Dirceu, José Genoíno e SÌlvio Pereira (Celso Junior/Agência Estado/VEJA)
16/51 Roberto Jefferson, deputado federal do PTB-RJ e presidente do partido, depondo sobre a acusação de envolvimento com corrupção nos Correios e o pagamento do mensalão do PT a parlamentares do PP e do PL em troca de apoio e votos favoráveis ao Governo Lula no Congresso Nacional, no Conselho de éica e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados (Lula Marques/Folha Imagem/VEJA)
17/51 Condenado do mensalão, José Dirceu desembarca no hangar da PF em Brasilia (Pedro Ladeira/Folhapress/VEJA)
18/51 O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) José Genoino e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, deixam o prédio da Polícia Federal em um Corolla escoltado, rumo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), neste sábado (16) (Ivan Pacheco/VEJA)
19/51 O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) José Genoino e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, deixam o prédio da Polícia Federal em um Corolla escoltado, rumo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), neste sábado (16) (Ivan Pacheco/VEJA)
20/51 O advogado de José Dirceu, José Luís de Oliveira Lima concede entrevista, em São Paulo (SP), neste sábado (16) (Ivan Pacheco/VEJA)
21/51 José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
22/51 José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
23/51 José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
24/51 José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
25/51 José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
26/51 José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
27/51 José Dirceu se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
28/51 Condenado do mensalão, José Genoino desembarca no hangar da PF em Brasilia (Pedro Ladeira/Folhapress/VEJA)
29/51 Partidários de José Genoino, protestam contra a prisão do ex-deputado, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
30/51 Partidários de José Genoino, protestam contra a prisão do ex-deputado, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
31/51 José Genoino se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
32/51 Partidários de José Genoino, protestam contra a prisão do ex-deputado, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
33/51 José Genoino se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
34/51 José Genoino a caminho da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
35/51 José Genoino a caminho da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
36/51 José Genoino a caminho da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
37/51 José Genoino a caminho da Polícia Federal, em São Paulo (Renato Ribeiro Silva/Futura Press/VEJA)
38/51 José Genoino deixa sua casa para se entregar a Polícia Federal, em São Paulo (Robson Fernandjes/AE/VEJA)
39/51 José Genoino se entrega na sede da Polícia Federal, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA)
40/51 O ministro Ricardo Lewandowski durante sessão no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) para julgar os recursos dos 13 réus que não tem direito aos embargos infringentes no processo do mensalão, nesta quarta-feira (13) (Gervásio Baptista/SCO/STF/VEJA)
41/51 O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante sessão no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) para julgar os recursos dos 13 réus que não tem direito aos embargos infringentes no processo do mensalão, nesta quarta-feira (13) (Marcello Casal Jr./Agência Brasil/VEJA)
42/51 O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, durante sessão no plenário do STF para julgar os recursos dos 13 réus que não tem direito aos embargos infringentes no processo do mensalão, nesta quarta-feira (13) (Pedro Ladeira/Folhapress/VEJA)
43/51 Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) durante sessão para julgar os recursos dos 13 réus que não tem direito aos embargos infringentes no processo do mensalão, nesta quarta-feira (13) (Nelson Jr./SCO/STF/VEJA)
44/51 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, durante análise dos recursos apresentados pelas defesas dos 25 réus condenados pela corte, os chamados embargos, nesta quinta-feira (12) (Nelson Jr./SCO/STF/VEJA)
45/51 Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), durante análise dos recursos apresentados pelas defesas dos 25 réus condenados pela corte, os chamados embargos, nesta quinta-feira (12) (Nelson Jr./SCO/STF/VEJA)
46/51 Advogados dos réus - O ministro do STF Celso de Mello desempata a disputa que decide se 12 réus do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) terão direito a usar um recurso chamado embargo infringente, que garante novo julgamento para condenações por placares apertados, com pelo menos quatro votos pela absolvição (Joel Rodrigues/Frame/Folhapress/VEJA)
47/51 Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), durante análise dos recursos apresentados pelas defesas dos 25 réus condenados pela corte, os chamados embargos, nesta quinta-feira (12) (Nelson Jr./SCO/STF/VEJA)
48/51 O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, durante análise dos recursos apresentados pelas defesas dos 25 réus condenados pela corte, os chamados embargos, nesta quarta-feira (04) (Gervásio Baptista/SCO/STF/VEJA)
49/51 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, durante análise dos recursos apresentados pelas defesas dos 25 réus condenados pela corte, os chamados embargos, nesta quarta-feira (21) (Gervásio Baptista/STF/VEJA)
50/51 O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, durante análise dos recursos apresentados pelas defesas dos 25 réus condenados pela corte, os chamados embargos, nesta quinta-feira (22) (Pedro Ladeira/Folhapress/VEJA)
51/51 Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), durante análise dos recursos apresentados pelas defesas dos 25 réus condenados pela corte, os chamados embargos, nesta quarta-feira (04) (Gervásio Baptista/SCO/STF/VEJA)
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Giro VEJA - 1º de dezembro
Disputa por petróleo na Guiana e risco de colapso de mina em Maceió
Os juízes da Corte Internacional de Justiça, em Haia, decidiram, nesta sexta-feira, que a Venezuela não pode anexar território da Guiana. Essequibo é rica em petróleo e fonte de disputa entre as nações vizinhas há anos. A briga pela região, o discurso de Lula na COP28 e o risco de colapso de uma mina em Maceió são os destaques do Giro VEJA.
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