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Joice aponta ‘dinheiro público’ por trás dos ataques virtuais da direita

A parlamentar denunciou um esquema de organização criminosa na internet operada com ajuda de robôs: "Quero crer que o presidente não sabe disso"

Por Giovanna Romano
Atualizado em 4 dez 2019, 19h35 - Publicado em 4 dez 2019, 15h18

A deputada federal Joice Hasselmann afirmou que existe um esquema de “organização criminosa” organizado na internet a favor do presidente Jair Bolsonaro desde o início da sua campanha. “Há, infelizmente, dinheiro público por trás dos ataques virtuais [da direita]”, afirmou a parlamentar durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das fake news, nesta quarta-feira, 4.

Joice foi líder do governo no Congresso até o dia 17 do mês passado, quando virou alvo de ataques bolsonaristas pelas redes sociais. A deputa diz que ela não quer “arranhar a imagem” da presidência com as revelações. “Eu ajudei a eleger esse presidente. Quero crer que ele não sabe disso”, ressaltou. Joice era do mesmo partido de Bolsonaro.

“O que eu vou mostrar aqui é fruto de uma investigação que eu comecei a fazer com muito mais intensidade depois que eu virei o alvo de ataques coordenados na internet”, explicou a parlamentar, que teve ajuda de especialistas para elaborar a análise apresentada.

A deputada afirmou que utilizou um software desenvolvido pela Universidade de Indiana para analisar as contas de Twitter do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do presidente da República.

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Segundo o levantamento, os perfis do deputado e do presidente são seguidos por quase 1,9 milhão de robôs. Outros 26 mil robôs já estão seguindo o perfil do partido que Bolsonaro está criando.

Zero Três no comando

De acordo com Joice, há uma organização criminosa, que funciona de “maneira coordenada”, que opera dentro do Palácio do Planalto com a função de destruir reputações e espalhar informações falsas. Esse grupo, conhecido como Gabinete do Ódio, tem Eduardo Bolsonaro como um de seus coordenadores.

A parlamentar explica que a disseminação de informações funciona a partir de uma teia, com pessoas reais e com robôs, e as interações feitas por robôs são pagas. “Para um disparo por um robô, uma hashtag, gasta-se 20 mil reais. De onde vem esse dinheiro? Nós não estamos falando aqui de trocados. Nós estamos falando de milhões”, questionou Joice. Um exemplo dado pela deputada foi os ataques coordenados ao ator norte-americano Leonardo DiCaprio.

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