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Haddad chama atos de vandalismo de “atrocidade”

Prefeito de São Paulo voltou a falar sobre dificuldade de reduzir tarifa e disse que entendeu demora da polícia de agir em manifestação

Por Jean-Philip Struck
19 jun 2013, 13h58

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que os atos de vandalismo contra a sede da prefeitura, que ocorreram durante o protesto que reuniu 50.000 pessoas na terça-feira, foram “uma atrocidade”. Na ocasião, uma minoria radical se separou da manifestação e quebrou vidros e pichou a sede do executivo paulistano. Também ocorreram saques a lojas da região.

“Gestos como o de ontem não contribuem para o desenvolvimento da cidade. Foi uma atrocidade. (…) Isso prejudica a cidade. Infelizmente o debate [da redução da tarifa] tem sido interditado por grupos que não confiam na democracia. São criminosos que estão agindo nas ruas”, disse Haddad, em entrevista coletiva nesta quarta-feira. O protesto de terça-feira foi o sexto contra o aumento da tarifa de ônibus e metrô na capital.

Polícia – Haddad também comentou a ação da polícia, que na terça-feira se manteve afastada do protesto na maior parte do tempo e só passou a reprimir o grupo de vândalos quando a onda de saques e depredações já havia se espalhado por várias ruas.

“Obviamente, depois de quinta-feira [quando a reação da polícia sofreu críticas por uso de força excessiva], há uma preocupação maior com a integridade das pessoas. Uma preocupação de só agir em último caso. A polícia tem tido muita parcimônia em agir no sentido de preservar as pessoas, de evitar que inocentes paguem por atos que não são próprios da democracia. É uma tarefa difícil. Tenho muita confiança, desde o primeiro momento, no secretário de Segurança do estado, Fernando Grella”, disse Haddad, que afirmou ainda que está em contato diário com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

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As depredações foram registradas principalmente no Centro, que ficou esvaziado quando a maior parte dos manifestantes seguiu para a Avenida Paulista, onde não houve o registro de incidentes significativos na maior parte da noite.

Vídeo: As cenas do vandalismo em São Paulo

Tarifa – O prefeito também voltou a reiterar que não é possível baixar a tarifa sem gerar um impacto em outras áreas. Segundo o prefeito, se o aumento de 0,20 centavos na tarifa de ônibus for congelado, o gasto anual com a diferença por parte da prefeitura pode chegar a até 2,7 bilhões de reais em 2016.

“As pessoas têm que entender que essas escolhas são difíceis para o governante. A coisa mais fácil é agradar no curto prazo, de tomar uma decisão de caráter populista, sem explicar para a sociedade as consequências do ato que você tomando. Ou você acha que essas escolhas [de reduzir a tarifa] não representam menos investimentos em outras áreas? (…) Isso precisa ser digerido pela sociedade”, disse.

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O prefeito apontou que o melhor caminho é a aprovação de um projeto desoneração do transporte público, que está em discussão em Brasília, e prevê isenção de impostos sobre o diesel e outros itens usados em ônibus. Segundo o prefeito, a aprovação do projeto pode ajudar a reduzir em até 7% o valor da tarifa. Haddad também citou a criação de mais corredores de ônibus para melhorar a eficiência do sistema.

Depredações – Antes de Haddad, o subprefeito da Sé, Marcos Barreto, apresentou a contagem de prejuízos na região do Centro. Segundo o subprefeitura, 29 lojas foram saqueadas ou depredadas. Além da prefeitura, o prédio do Theatro Municipal e o pórtico da Praça do Patriarca foram pixados. Quase 200 lixeiras foram arrancadas. Segundo o governo do estado, mais de 50 pessoas foram presas durante os atos de depredação no centro.

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