Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Hackers exibiram mensagens roubadas de filhos de Bolsonaro

Invasores utilizavam celular clandestino para vazar conversas privadas

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 nov 2019, 18h25 - Publicado em 25 nov 2019, 16h23

Na semana passada, VEJA revelou que um dos hackers que invadiram os celulares de autoridades da República e integrantes da Operação Lava-Jato fechou um acordo de delação com a Polícia Federal. Além de identificar outras pessoas que participaram dos ataques virtuais, o colaborador apresentou um aparelho telefônico clandestino utilizado para roubar e vazar mensagens. O material está sendo periciado pela Polícia Federal. O objetivo é esclarecer se alguém financiou o esquema criminoso que afetou mais de 80 figuras públicas.

Na lista de vítimas dos hackers está a família Bolsonaro. Os invasores tentaram roubar mensagens de dois celulares do presidente da República, mas não tiveram sucesso. No entanto, há indícios de que os criminosos conseguiram acessar a conta do aplicativo de mensagens Telegram do deputado federal Eduardo Bolsonaro, o “Zero Três”, e do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, o “Zero Dois”.

Numa conversa com a ex-deputada Manuela D’Ávila, o hacker Walter Delgatti exibiu imagens de um aparelho telefônico com a conta do Telegram de Eduardo. “Depois analisa isso”, escreveu o invasor para a ex-parlamentar, responsável por intermediar o vazamento de mensagens da Lava-Jato para o jornalista americano Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil. Na sequência, Delgatti enviou outra foto com uma mensagem de uma militante bolsonarista falando sobre a TV Escola, canal de comunicação financiado pelo ministério da Educação.

(Operação Spoofing/Reprodução)

“Tem o Carlos também”, escreveu o hacker. Para mostrar que não estava blefando, o invasor enviou uma foto de uma mensagem que teria sido enviada em outubro do ano passado por uma blogueira bolsonarista ao “Zero Dois”. “Essa mulher que ajudou no spam de WhatsApp na campanha”, disse Delgatti para Manuela D’Ávila.

Continua após a publicidade
(Operação Spoofing/Reprodução)

O celular utilizado pelos hackers para realizar os ataques e fazer os vazamentos das mensagens roubadas tinha o apelido de “biriri” e uma conta falsa no Telegram chamada “Brazil Baronil”. O aparelho ficava com o estudante Luiz Molição, que fechou um acordo com a Polícia Federal e agia em parceria com Delgatti. Preocupado em ser interceptado pela Polícia Federal, o grupo costumava cobrir as câmeras do telefone com uma fita adesiva. Pouco tempo depois de terem mandado as imagens acima, os criminosos foram presos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.