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Gabrielli usou petrolão para beneficiar o PT, diz PF

Relatório aponta que o ex-presidente da Petrobras não apenas sabia do esquema, como fez uso dele. Partido instrumentalizou a estatal, diz texto

Por Laryssa Borges e Marcela Mattos, de Brasília
11 set 2015, 14h42
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  • Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal afirma que a Operação Lava Jato encontrou elementos que apontam que o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli tinha amplo conhecimento do mega esquema de corrupção instalado na estatal – e que utilizou o propinoduto em benefício do PT. As conclusões foram encaminhadas à corte junto com pedido para que diversas autoridades sejam ouvidas nas investigações sobre o bilionário esquema de corrupção que sangrou os cofres da petroleira, entre elas o ex-presidente Lula.

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    O delegado federal Josélio Azevedo Sousa afirma que “há elementos que apontam que José Sérgio Gabrielli não apenas tinha conhecimento da rede de corrupção presente na Petrobras, mas que também fez uso da mesma diretamente, em benefício do Partido dos Trabalhadores”.

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    Entre os indícios citados pela autoridade policial estão informações de que as empresas de fachada Sanko Sider, Empreiteira Rigidez e MO Consultoria, todas utilizadas pelo doleiro Alberto Youssef para operacionalizar o esquema de corrupção na Petrobras, realizaram repasses de 3,4 milhões de reais para duas outras companhias – a Muranno Brasil/Marketing LTDA e a Mistral Comunicação LTDA – a fim de que o proprietário delas, Ricardo Marcelo Villani, “não denunciasse o pagamento de vantagens indevidas em benefício do PT”. E mais: os acertos financeiros de propina teriam sida operacionalizados pelo próprio Youssef a pedido de Gabrielli.

    Em depoimento prestado em seu acordo de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa deixou claro que Gabrielli “tinha pleno conhecimento de toda o esquema de corrupção que se passava na Diretoria de Abastecimento da Petrobras”.

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    No documento enviado ao STF, o delegado também implicou o Partido dos Trabalhadores e disse que aliados do governo, especialmente o PT, fizeram uso da Petrobras “em troca de interesses político-partidários cristalizados na necessidade de locupletar-se e manter-se no poder”. “O PT teria instrumentalizado a Petrobras para atender a seus interesses político-partidários”, diz a PF.

    “O nível de detalhamento das narrativas dos colaboradores, a consonância lógica dos fatos narrados por diferentes colaboradores e a própria quantidade de eventos fáticos já demonstrados, resultando inclusive em milionárias restituições aos cofres públicos e condenações no âmbito da primeira instância, impõem à presente investigação avançar naquilo que parece subjazer à gama de situações descortinadas no âmbito da operações Lava Jato, que é o fato de que partidos da base aliada do governo, especialmente o Partido dos Trabalhadores, fizeram uso da Petrobras em troca de interesses político-partidários cristalizados na necessidade de locupletar-se e manter-se no poder”, conclui o delegado.

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    Atualmente, são alvo de inquérito no STF autoridades petistas como a senadora Gleisi Hoffmann, o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, os senadores Lindberg Farias e Humberto Costa, o deputado Vander Loubet e o ex-líder do governo e ex-deputado Candido Vaccarezza.

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