Freixo no ataque, Castro na defensiva: o tom do debate no Rio
O governador, que rezou antes de chegar ao estúdio do SBT, foi alvo preferencial dos adversários, em especial do candidato do PSB
A quinze dias do primeiro turno das eleições, o debate VEJA, exibido na noite deste sábado, 17, no SBT, deixou clara a polarização. O governador Cláudio Castro (PL), candidato à reeleição, foi o principal alvo de Marcelo Freixo (PSB), segundo colocado nas pesquisas.
O auge da beligerância se deu durante discussão sobre segurança pública, com a troca de adjetivos: “Para governar o estado não pode ser frouxo”, disse Castro. O adversário do PSB devolveu: “Para governar não pode ser bandido”.
Dali em diante, Freixo fez até dobradinha com Rodrigo Neves (PDT) para atacar Castro nos dois eixos em que centrou a sua estratégia: segurança pública e corrupção. O próprio candidato do PSB admitiu, depois do debate, que o clima foi quente e que antecipou o tom do provável segundo turno. Assim como Castro, logo depois de rezar, dizia a assessores, antes de entrar no estúdio, que escolheria Freixo para polarizar, logo no começo.
Freixo também não foi poupado pelo candidato do Novo, Paulo Ganime, que o chamou de “Marcelo Fake”. “A gente não sabe quem ele é hoje, porque é alguém que sempre defendeu bandido”. Foi alvo também por ser aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — Castro lembrou da prisão do candidato e à Presidência e das condenações de que foi alvo.
O governador foi atacado especialmente pelas contratações suspeitas pela Fundação Ceperj em todo os blocos do debate. Sempre enfático em suas posições, Rodrigo Neves (PDT) manteve um tom comedido, fazendo ataques pontuais as adversários. No final, Freixo e Castro se abraçaram, e o candidato do PSB garantiu ao adversário: “não é nada pessoal”.