‘Eu amo o Brasil’, diz senador boliviano em Brasília
Roger Pinto Molina acenou para fotógrafos e cinegrafistas, mas não quis dar entrevista; ele será ouvido nesta terça-feira no Senado brasileiro
O senador boliviano Roger Pinto Molina, que fugiu para o Brasil depois de passar 455 dias asilado na embaixada brasileira em La Paz, foi sucinto em sua primeira aparição pública desde que chegou a Brasília em operação extraoficial comandada pelo diplomata Eduardo Saboia. “Eu amo o Brasil”, disse no fim da tarde desta segunda-feira, do quintal da casa de seu advogado, Fernando Tibúrcio, em Brasília. Ele também acenou para os fotógrafos.
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Molina está abrigado na mansão luxuosa de Tibúrcio, localizada no Lago Norte, após viver por mais de um ano no pequeno quarto improvisado na embaixada brasileira em La Paz.
O advogado do boliviano afirma que, mesmo com os protestos do governo de Evo Morales, a situação do senador agora é segura: “Não existe a menor possibilidade de ele ser deportado”, disse Tibúrcio.
Nesta terça-feira, Molina terá uma agenda agitada, que começará com uma visita ao Congresso Nacional. Às 15h, o parlamentar boliviano deverá falar à imprensa ao lado do presidente da Comissão de Relações Exteriores, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). O senador capixaba participou da operação montada para tirar Molina de La Paz e levá-lo a Brasília.
O senador boliviano, líder da oposição ao presidente Evo Morales, responde a vários processos por corrupção em seu país. Ele nega as acusações e afirma que é vítima de perseguição política por ter apontado irregularidades na gestão do presidente.