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“Estão querendo me intimidar”​, diz presidente da CPI do MST

Deputado tenente-coronel Zucco afirma que comissão vai descobrir quem patrocina e o que está por trás da onda de invasões de terra no país

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jun 2023, 15h48

O tenente-coronel Luciano Zucco (Republicanos) foi o deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul. Em menos de cinco meses de mandato, ele foi indicado para comandar a barulhenta CPI do MST. Não será uma tarefa fácil, como mostraram as primeiras sessões da comissão, em que não faltaram brigas, troca de acusações e de insultos entre parlamentares do governo e da oposição. Novato no Congresso, Zucco diz que pretende ir à fundo nas investigações, desvendando o que está por trás das invasões de terra no país. De novo, não será uma tarefa fácil. Formalmente, o MST não existe, ninguém sabe ao certo a origem dos recursos que financiam o movimento e seus líderes. A CPI promete ser uma imensa fonte de desgaste para o governo, sobretudo pelas ligações históricas que o grupo mantém com o PT. Em entrevista a VEJA, Zucco, que também passou a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal no inquérito dos atos antidemocráticos, diz que estão tentando intimidá-lo e ressalta que, se depender dele, os trabalhos serão guiados com equilíbrio:

Nas primeiras sessões da CPI, foi possível perceber o grau de tensão que deve marcar os trabalhos. Qual é a sua expectativa? Em primeiro lugar, equilíbrio na condução dos trabalhos e determinação na apuração dos fatos. Esperamos que a CPI possa dar uma contribuição efetiva para a sociedade, devolvendo a paz aos produtores rurais. Vamos apresentar soluções práticas para inibir esses crimes e dar suporte para que a Reforma Agrária possa avançar e alcançar as famílias que aguardam na fila por um lote.

O senhor falou em “inibir esses crimes”. Os parlamentares do PT dizem que o único propósito da CPI é criminalizar o MST? O movimento se criminaliza por si próprio ao cometer o chamado esbulho possessório. Invadir propriedades é crime.

O MST afirma que suas ações visam a reforma agrária e miram terras improdutivas. Quem define se a terra é produtiva não é MST. Invasão de terra é crime e a área invadida não pode servir para fins de reforma agrária. Então fica o questionamento: qual a finalidade dessas invasões? É isso que será investigado.

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O governo Lula não queria a instalação dessa CPI. Quem não deve não teme. Quem deve ficar preocupado é quem patrocina essas invasões. Quem apoia ou se omite também deve estar com a pulga atrás da orelha.  A CPI vai a fundo nessa investigação de forma responsável. Não podemos ser coniventes com a escalada de invasões. Esse era um problema superado no Brasil. Por qual motivo voltou com força justamente num governo do qual o  MST faz parte? As respostas vão aparecer.

O senhor está sendo investigado pelo Supremo no inquérito que investiga as invasões do 8 de janeiro. Eu estava passando o final de semana com minha família no interior de Santa Catarina. Quando assisti àquelas imagens lamentáveis fiz questão de me posicionar imediatamente nas redes sociais, criticando duramente o vandalismo e a depredação de patrimônio. Sempre fui e continuarei sendo a favor das manifestações pacíficas.

Mas o ministro Alexandre de Moraes determinou que o senhor fosse investigado. O ministro mandou apurar uma denúncia que chegou até ele. Estão tentando me intimidar. Essa é uma matéria vencida, requentada por aqueles que querem tentar me constranger na presidência da CPI. Não vão conseguir. Tentar usar o judiciário para me intimidar é parte do jogo sujo da política.

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