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Escritório de esposa faturou R$ 73 mi durante gestão Cabral

Receita mapeou receitas do escritório Ancelmo Advogados. Concessionárias de serviços públicos do Rio fizeram pagamentos milionários

Por Da Redação Atualizado em 21 nov 2016, 15h37 - Publicado em 21 nov 2016, 14h16

A receita do escritório Ancelmo Advogados, da mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, chegou a 73,1 milhões de reais – um salto de 457% -, entre o início e o fim das duas gestões do peemedebista no estado, entre 2007 e 2014. O lucro declarado foi de 23,2 milhões de reais. Os dados constam de relatório da Receita Federal na Operação Calicute que, deflagrada na quinta-feira, em parceria com a Lava Jato, levou Cabral à prisão.

Em 2007, primeiro ano do peemedebista no Executivo fluminense, o escritório de Adriana Ancelmo recebeu 2.642.530,30 reais em receita bruta. Sete anos mais tarde, em 2014, último de Sérgio Cabral no Palácio Guanabara – que deixou o governo em abril daquele ano -,  o faturamento da banca de Adriana bateu em 14.725.978,35 reais.

Cabral foi preso em caráter preventivo na Operação Calicute e Adriana foi conduzida coercitivamente – quando o investigado é levado para depor e liberado – pela Polícia Federal.

A empresa Ancelmo Advogados, segundo o documento do Fisco, foi criada em 4 de julho de 1997. O relatório aponta a receita do escritório entre 2005 e 2015. Os melhores resultados ocorreram em 2014, volume de 14.725.978,35 reais, e em 2015, quando o caixa do Ancelmo Advogados chegou ao pico de 17.119.628,52 reais.

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Na lista de clientes do escritório estão concessionárias de serviços públicos. No pedido de prisão de Sérgio Cabral, a Procuradoria relacionou os seguintes pagamentos a Ancelmo Advogados: 1,9 milhão de reais pago pelo Metrô Rio, 865.653 reais desembolsados pela CEG; 10,5 milhões de reais pagos pela OI/Telemar e 3,5 milhões de reais pagos pela Light.

No relatório, a Receita destaca os bens e direitos informados por Adriana Ancelmo. O Fisco selecionou alguns anos e afirmou sobre 2005. “A maior parte de seus bens é representada pelo imóvel da Rua Aristides Espíndola, 27, R$ 1,3 milhão. Chama atenção o total em espécie que subiu de R$ 45 mil, no ano anterior, para R$ 292,3 mil, no ano corrente”, apontou a Receita.

O Fisco apontou que na aquisição, à vista, de um apartamento em Ipanema, Zona Sul do Rio, “foram notadas aparentes inconsistências entre as informações prestadas pelos cartórios e as informações prestadas pelo contribuinte relativa às operações imobiliárias. De acordo com a operação nº 21395014, informada na base DOI (Declaração sobre Operações Imobiliárias), o contribuinte teria adquirido o imóvel por R$ 3.383.471,26, porém o valor informado pelo contribuinte e também base de cálculo do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) foi R$ 4,6 milhões. A unidade 604 do edifício de mesmo endereço, adquirida em 2012 por R$ 2.308.500,00, segundo declaração da própria contribuinte, não aparece na base DOI”, aponta a Receita”.

(com Estadão Conteúdo)

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