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Erenice Guerra e Amaury Ribeiro Junior depõem nesta segunda à PF

Os dois são considerados os principais personagens dos escândalos que envolveram a campanha de Dilma Rousseff à Presidência

Por Da Redação
25 out 2010, 06h49

Os depoimentos dessas figuras-chave devem esquentar a última semana da campanha eleitoral, em que haverá três debates entre Dilma e o candidato tucano à Presidência, José Serra

A Polícia Federal ouve nesta segunda-feira os dois principais personagens dos escândalos que envolveram a campanha da petista Dilma Rousseff à Presidência. A ex-ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra chegou com atraso à Superintendência da PF em Brasília. O depoimento dela estava marcado para as 9 horas. Erenice vai falar sobre o esquema de aparelhamento do estado operado por ela no ministério. Já o jornalista Amaury Ribeiro Júnior chegou por volta das 9h30 para prestar esclarecimentos sobre a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. O depoimento do jornalista estava marcado para as 10 horas. Ambos são investigados em inquéritos diferentes.

Os depoimentos dessas figuras-chave devem esquentar a última semana da campanha eleitoral, em que haverá três debates entre Dilma e o candidato tucano à Presidência, José Serra. O que Erenice e Amaury disserem – ou não – deve ser usado como munição pelos candidatos nos debates e também na propaganda eleitoral.

O depoimento de Erenice vai integrar o inquérito comandado pelo delegado Roberval Vicalvi. A ex-ministra terá de explicar o esquema de tráfico de influência operado por seus filhos na Casa Civil. VEJA revelou, no mês passado, que Israel Guerra, filho da ex-ministra, transformou-se em um lobista em Brasília, intermediando contratos entre empresas e o governo. A Capital Consultoria, empresa comandada por ele, cobrava uma comissão de 6% para facilitar negociações de empresas privadas interessadas em firmar contratos com estatais. O escândalo derrubou Erenice Guerra do cargo.

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O jornalista Amaury Ribeiro Junior – apontado pela Polícia Federal como o responsável por encomendar a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao presidenciável José Serra – vai depor pela quarta vez. O delegado Hugo Uruguai, que comanda as investigações, deve indiciar Amaury por quebra de sigilo. De acordo com a lei, se for detectado dano às vítimas, o jornalista pode ir para a cadeia por seis anos. A PF concluiu que o jornalista pagou para obter informações sigilosas de pessoas ligadas ao PSDB. Ele faz parte do chamado “núcleo de inteligência” da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT). E admitiu, em depoimento, ter elaborado um dossiê contra Serra.

Embora Ribeiro tenha negado o pagamento e o pedido de quebra de sigilo de tucanos, a PF chegou à conclusão de que ele requisitou as violações após ouvir um novo personagem: o despachante Dirceu Rodrigues Garcia. Ele afirmou, em depoimento à polícia, que providenciou a quebra de sigilo de Verônica Serra, filha do tucano, e de Alexandre Bourgeois, marido dela, mediante o pagamento, por Amaury, de 700 reais por declaração consultada. Foi Dirceu quem contratou o contador Antônio Atella, responsável pela procuração falsa em nome de Verônica.

Entenda o caso – Em maio, VEJA revelou que o pré-comitê de Dilma tentou montar um grupo para investigar a vida dos adversários, incluindo Serra, seus familiares e amigos. O grupo de arapongas estava de posse de um documento que continha informações fiscais de Verônica, Eduardo Jorge, Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio e Gregório Preciado – os mesmos personagens que tiveram seu sigilo invadido em Mauá e Santo André, na Grande São Paulo.

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