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Em pedido ao STF, defesa de Lula cita ‘ódio’ de procuradores a petista

Advogados enviaram à corte mensagens em que integrantes da Lava Jato debocham da morte de familiares do ex-presidente

Por Leonardo Lellis Atualizado em 27 ago 2019, 16h22 - Publicado em 27 ago 2019, 15h45

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou nesta terça-feira, 27, ao Supremo Tribunal Federal uma petição para reiterar um pedido de liberdade já apresentado à corte. No caso, os advogados do petista querem que a corte reconheça a suspeição dos procuradores da Operação Lava Jato e, consequentemente, as ações penais apresentadas contra Lula sejam anuladas.

No pedido desta terça, os advogados de Lula acrescentaram as mensagens em que os membros do Ministério Público Federal trataram com ironia e deboche as mortes da ex-primeira-dama Marisa Letícia, do irmão do petista, Vavá, e de seu neto, Arthur, de sete anos. As mensagens foram divulgadas pelo portal Uol, em parceria com o site The Intercept Brasil.

“Referidas mensagens mostram, em verdade, que a atuação dos procuradores da República em questão sempre foi norteada por ódio e desapreço pessoal pelo Paciente e pelos seus familiares”, escreveu o advogado Cristiano Zanin Martins. Ele argumenta ter ficado claro uma “patente inimizade capital”, o que os impede de atuar imparcialidade, impessoalidade e isenção.

A ex-primeira dama morreu em 3 de fevereiro de 2017. Um dia antes, a procuradora Laura Tessler, do Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, disse que Lula usaria a morte de sua mulher para se “vitimizar”. Januário Paludo chegou a adotar tom conspiratório para abordar a morte de Marisa. “A propósito, sempre tive uma pulga atrás da orelha com esse aneurisma. Não me cheirou bem. E a segunda morte em sequência”, diz, sem explicar a qual outra morte se referia.

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No dia 29 de janeiro de 2019, o procurador o procurador Athayde Ribeiro Costa compartilhou no grupo “Filhos do Januário 3”, no Telegram, a notícia de que o irmão de Lula, Vavá, havia morrido. Dallagnol afirmou que Lula pediria para ir ao enterro. “Se for, será um tumulto imenso”, disse.

O procurador Diogo Castor alertou que todos os presos em regime fechado, como é o caso do petista, têm o direito de deixar a unidade prisional em que estão em casos de falecimento ou doença grave de cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão, como prevê a Lei de Execuções Penais. A força-tarefa emitiu um parecer pedindo o indeferimento da saída de Lula

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A força-tarefa emitiu um parecer pedindo o indeferimento da saída de Lula. Os procuradores também tiveram acesso à manifestação da Polícia Federal, que afirmou não ter condições de atender ao pedido do petista. “Eu acho que ele tem direito a ir. Mas não tem como”, avaliou Antônio Carlos Welter. Januário Paludo, então, respondeu: “O safado só queria passear e o Welter com pena”.

No dia 1º de março, a notícia da morte do neto Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos, foi compartilhada no grupo “Filhos do Januário 4”. Segundo o laudo da necropsia, Arthur morreu por infecção generalizada provocada por uma bactéria. “Preparem para nova novela ida ao velório”, disse a procuradora Jerusa Viecili.

Após autorização da Justiça, o petista foi ao enterro do neto em uma aeronave cedida pelo governo do Paraná. Em um outro grupo, chamando “Winter is Coming”, a procuradora Monique Cheker disse que Lula fez um “discurso político (travestido de despedida)”.

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