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Desunido, PSB anuncia apoio à candidatura do PT no Rio

Partido deve confirmar no sábado aliança com o petista Lindbergh Farias, em troca da indicação do deputado federal Romário (PSB) para o Senado

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
20 jun 2014, 19h35

O diretório do PSB no Rio de Janeiro desistiu de ter candidatura própria ao governo do Rio e decidiu nesta sexta-feira trabalhar pela eleição do senador Lindbergh Farias (PT) ao Palácio Guanabara. A aliança foi anunciada em ato na sede do partido, no centro do Rio, com a presença do vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, e de Lindbergh. Também estavam presentes os deputados federais Romário (PSB), Glauber Braga (PSB) e Jandira Feghali (PCdoB). O apoio ainda precisa ser confirmado na convenção estadual do PSB neste sábado, mas já é considerado certo pelo comando da agremiação.

“Estamos preocupados em fazer uma boa bancada no Congresso. Temos certeza que essa proposta de coligação será acolhida na convenção”, afirmou o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral.

A decisão deixa o presidenciável socialista Eduardo Campos sem candidato próprio no Rio, onde ele tenta se apropriar da boa votação da candidata a vice-presidente Marina Silva em 2010. Na última disputa presidencial, ela ficou em segundo lugar no primeiro turno no Rio com 32% dos votos.

A aliança ajuda a candidatura de Lindbergh, ignorada pela presidente Dilma Roussef (PT) nas últimas visitas ao Rio. O senador enfrentou dificuldades de fechar alianças para ganhar tempo de propaganda. Com o apoio do PSB, o PT estima que o senador terá cinco minutos do horário eleitoral gratuito na televisão. Ainda que Lindbergh fique fora de atos da campanha presidencial do PSB no Rio, candidatos da coligação devem usar a imagem de Lindbergh e Campos em material impresso de campanha.

“Nós marcamos um gol de bicicleta aos 45 minutos do segundo tempo. O Romário vai ser o palanque do Eduardo Campos aqui no Rio e o PT todo vai fazer a campanha da Dilma. Vamos conversar depois sobre como construir essa aliança”, afirmou Lindbergh.

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Divisão – Dissidentes, como o deputado federal Alfredo Sirkis (PSB) e o ex-deputado federal Vladimir Palmeira, ainda defendem candidatura própria. Em texto no seu blog, Sirkis criticou duramente a aliança, que chamou de “suruba”. Ele chegou a lançar sua pré-candidatura ao governo do Rio pelo PSB, mas foi instado a desistir por Campos e Marina, que preferiam apoiar a candidatura ao Palácio Guanabara do deputado federal Miro Teixeira (Pros). Mas Teixeira anunciou oficialmente na quinta-feira que desistiu de ser candidato, o que abriu espaço para a aliança com o PT. Nos próximos dias, Lindbergh espera atrair também o Pros para a coligação.

“Sou totalmente contrário a essa coligação. Nada contra o senador, pessoalmente. Mas perdoem-me o recurso ao chulo: isso não seria uma coligação mas uma suruba! Não sou avesso a uma certa dose de pragmatismo mas aí já é demais: é uma dose cavalar. Quais os acordos por trás disso? Por que razão o PT consentiria?”, criticou Sirkis em seu blog.

Na coligação petista, o PV indicou o candidato a vice-governador, Roberto Rocco. Os verdes lançaram nacionalmente a candidatura à Presidência de Eduardo Jorge. O PCdoB também está na aliança fluminense. Antes de apoiar Lindbergh, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) se dizia pré-candidata ao governo do Rio. Depois da aliança, passou a se lançar como o nome da aliança para o cargo de senadora e agora deve concorrer à reeleição na Câmara. Pelo acerto com o PT, os socialistas comporão a chapa com a candidatura ao Senado, encabeçada pelo deputado federal Romário (PSB).

“Quero ver se o (ex-governador Sérgio) Cabral vai ter coragem de botar a candidatura em campo ao Senado. Vai botar o rabo entre as pernas”, provocou o presidente do PT no Rio e prefeito de Maricá, Washington Quaquá.

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