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Defesa pede suspensão da investigação e revogação da prisão de Paulo Bernardo

Advogados do ex-ministro dos governos Lula e Dilma querem que o caso dele seja julgado pelo Supremo. Argumento é o de que a Polícia Federal vincula a atuação de Bernardo no esquema de corrupção à da sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que tem foro privilegiado

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jun 2016, 18h45
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  • Os advogados de defesa do ex-ministro do Planejamento e das Comunicações Paulo Bernardo recorreram nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido de liminar para que o petista seja colocado em liberdade e para que as investigações contra ele, alvo preferencial da Operação Custo Brasil, sejam suspensas. Segundo os advogados, quando analisar o mérito do pedido, o Supremo deveria determinar que a apuração contra o ex-ministro também transcorra sob supervisão do STF, já que a Polícia Federal, ao longo das investigações, vincula a atuação do petista ao de sua esposa, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Como parlamentar, Gleisi tem direito a foro privilegiado e, na avaliação da defesa, atrairia o caso para Brasília.

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    A tese dos advogados de defesa é a de que a Operação Custo Brasil “atinge diretamente” Gleisi Hoffmann, que frequentemente nas investigações é relacionada a Paulo Bernardo no esquema de cobrança de propina por meio da empresa Consist. “Se a investigação atribui ao reclamante [Paulo Bernardo] praticar fatos em concurso com quem ostenta foro por prerrogativa, é direito seu, em face do devido processo legal, pleitear que o inquérito tramite em seu juízo natural, ou seja, perante o Supremo Tribunal Federal”, dizem os advogados.

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    Paulo Bernardo é alvo do primeiro desdobramento da Operação Lava Jato em São Paulo. As investigações apontam o pagamento de propina de até 100 milhões de reais em contratos de prestação de serviços de informática no Ministério do Planejamento. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa da senadora Gleisi Hoffmann.

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    “A investigação trata Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann sempre, invariavelmente, como coautores dos mesmos fatos, buscando claramente caracterizar uma espécie de permanente e indivisível ‘concurso necessário’ entre eles, (…) o que leva à atração do feito ao Egrégio Supremo Tribunal Federal, por força da prerrogativa de foro da Senadora da República”, diz a defesa.

    Investigadores da força-tarefa que combatem o escândalo do petrolão já haviam encontrado indícios de que o casal Gleisi-Paulo Bernardo foi beneficiário de dinheiro sujo movimentado no escândalo do petrolão pela empresa Consist. As suspeitas ganharam força depois de a Polícia Federal e o Ministério Público terem rastreado as movimentações do advogado e ex-vereador Alexandre Romano, conhecido como Chambinho e delator da Lava Jato. O MP diz que Bernardo embolsou 7 milhões de reais em propina.

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