Crise financeira dá o tom na campanha em Vitória

Dois velhos conhecidos dos eleitores capixabas disputam a prefeitura de Vitória. Amaro Neto é uma celebridade do noticiário policial. Com nenhuma experiência no executivo, o deputado estadual mais votado em 2014 chega à liderança da corrida municipal montado sobre os 21 pontos de audiência do Balanço Geral. Sob o comando de Amaro, o programa da Record bateu a Globo e se tornou campeão de popularidade no horário do almoço. Na frente das câmeras, o apresentador grita, rebola, canta e toca buzina, em performances devidamente registradas no YouTube. Amaro Neto é apoiado pelo governador Paulo Hartung (PMDB). “Quero tirar Vitória da crise e dar à cidade um grande projeto de desenvolvimento, coisa que o atual prefeito não fez”, promete.

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Seu principal adversário é o atual prefeito, Luciano Rezende, do PSB. Mais da metade dos eleitores desaprovam sua administração, de acordo com pesquisa realizada em maio pela Flexconsult. O nome do prefeito aparece na lista de pagamentos realizados pela Odebrecht na campanha de 2012, segundo planilhas apreendidas pela Operação Lava Jato em fevereiro. Um de seus principais aliados, o ex-governador Renato Casagrande, também aparece na listagem. Outra encrenca que o candidato deve enfrentar é a crise econômica do município que, durante sua gestão, perdeu os recursos do Fundo de Administração Portuária, cerca de R$ 205 milhões só no orçamento de 2015, de acordo com a Secretaria Municipal da Fazenda. “Meu maior desafio é consolidar a refundação da cidade nas suas finanças e criar uma matriz arrecadatória através da geração de emprego e renda, da capacitação dos cidadãos”, diz.

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