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CPI do Cachoeira sai do papel nesta quinta-feira

Requerimento assinado pela maioria dos parlamentares será lido em Plenário. Próximo passo é a escolha dos integrantes do colegiado

Por Gabriel Castro
19 abr 2012, 07h39
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  • A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a atuação do contraventor Carlinhos Cachoeira ganhará vida oficialmente nesta quinta-feira. Está prevista para as 10h30 a leitura do requerimento em sessão conjunta do Congresso. Os partidos recolheram cerca de 330 assinaturas na Câmara e 67 no Senado – bem acima do número de 171 exigindo na primeira Casa e 27 na segunda.

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    Depois da leitura do requerimento, abre-se o prazo para que os partidos formalizem a indicação de seus integrantes para a comissão. Alguns, como os oposicionistas, já fizeram a escolha. Outros, como PT e PMDB, ainda pretendem discutir o tema. As duas siglas, aliás, dividirão a presidência e a relatoria da comissão. Os partidos aliados terão 80% dos cargos da CPI, que será composta por 30 titulares e 30 suplentes, metade da Câmara, metade do Senado.

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    A oposição tentará explorar dois ramos da quadrilha de Cachoeira: os laços com o governo do Distrito Federal e os contratos da construtora Delta, que é ligada à máfia e coordena algumas das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para os governistas, a CPI deve servir para colocar na mira o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo.

    A oposição demonstra mais confiança de que a CPI será vantajosa politicamente: foi mais ágil na coleta de assinaturas e na indicação dos integrantes para o colegiado. Já para o PT e boa parte das siglas aliadas, a CPI ainda é uma incógnita. Quando o governo percebeu o potencial de estrago da investigação, era tarde demais para recuar – o acordo pela comissão envolvia líderes partidários e os presidentes das duas Casas. PMDB e PR também revelaram receio e a adesão ao requerimento de investigação foi bem mais baixa do que em outras siglas. Nas bancadas do PSDB, do DEM e do PT, o apoio à comissão foi de praticamente 100%.

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    A base aliada, que tem 80% do Congresso, terá o controle da investigação. Mas a oposição promete fazer barulho. E parlamentares de alguns partidos, como o PR, continuam com um pé atrás em seu apoio ao Planalto, o que pode diminuir o índice de lealdade.

    Indicados os membros da CPI, surgirá a primeira queda-de-braço: a decisão sobre o foco inicial da investigação. Os múltiplos tentáculos do grupo de Cachoeira tornam difícil a organização do trabalho. Uma das saídas é a divisão da tarefa em sub-relatorias.

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    Composição – Alguns dos nomes confirmados para compor a CPI são os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Jayme Campos (DEM-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL). Na Câmara, a tarefa já foi designada aos deputados Domingos Sávio (PSDB-MG), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Fernando Francischini (PSDB-PR), Rogério Marinho (PSDB-RN), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Mendonça Prado (DEM-SE), Rubens Bueno (PPS-PR), Maurício Quintela Lessa (PR-AL) e Ronaldo Fonseca (PR-DF).

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