Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Conselho de Ética aprova cassação de André Vargas

Relatório de Júlio Delgado (PSB-MG) foi aprovado por onze a zero. Caso depende da palavra final do plenário da Câmara

Por Gabriel Castro, de Brasília
20 ago 2014, 15h28
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, por onze votos a zero, o parecer que pede a cassação do deputado André Vargas (PT PR). A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira. O petista foi flagrado pela Polícia Federal em conversas com o doleiro Alberto Youssef, operador de um esquema bilionário de lavagem de dinheiro desbaratado pela Operação Lava Jato.

    Publicidade

    Leia também:

    Publicidade

    Pivô da Lava Jato, doleiro Youssef cogita delação premiada

    Contadora do doleiro Youssef desnuda seu esquema de pagamento de propina

    Publicidade

    ‘Youssef era um banco’, diz contadora de doleiro

    Continua após a publicidade

    Agora, o caso segue para o plenário da Câmara, onde o processo de cassação será analisado com voto aberto. Antes disso, a defesa de Vargas pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça para apontar alguma falha regimental ou constitucional no processo. O prazo é de cinco dias úteis a partir desta quinta. Mas é improvável que os defensores de Vargas tenham sucesso.

    Publicidade

    Um dos principais defensores dos condenados no julgamento do mensalão, o deputado começou a cair em desgraça após a revelação de que ele e sua família utilizaram um jatinho de Youssef para passar as férias de fim de ano em João Pessoa (PB). Na sequência, a situação de Vargas se agravou após reportagem de VEJA revelar novos detalhes de sua ligação com o doleiro, preso por comandar um esquema de lavagem de dinheiro. Youssef, a quem Vargas chamava de “irmão”, mantinha contato constante com o congressista: segundo as investigações da PF, os dois trabalhavam para enriquecer juntos fraudando contratos com o governo federal. Mensagens de celular interceptadas pela Polícia Federal evidenciaram que Vargas exercia seu poder para cobrar compromissos de Youssef.

    A contadora de Youssef, Meire Poza, confirmou a VEJA que André Vargas era beneficiado pelo esquema comandado pelo doleiro. “Youssef e André Vargas tinham uma relação íntima. A primeira concretização disso era o contrato firmado no Ministério da Saúde e já estavam caminhando para haver uma relação com a Funcef, o fundo dos economiários da Caixa Econômica”, diz Delgado.

    Publicidade

    Nenhum parlamentar do PT compareceu à reunião desta quarta. “Tivemos doze deputados que vieram mostrar a cara e aparecer e uns tantos que preferiram se esconder nos gabinetes”, disse o relator após a votação.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.