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Com 85% dos votos, MDB aprova candidatura de Meirelles à Presidência

Lançamento da candidatura do ex-ministro da Fazenda venceu com folga a tese de que o partido deveria permanecer neutro nas eleições

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 ago 2018, 13h10 - Publicado em 2 ago 2018, 13h06

Depois de 24 anos, o MDB voltará a ter candidato à Presidência da República. O partido aprovou, com 85% dos votos entre os 419 filiados com direito a opinar, a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles ao Planalto. O resultado foi anunciado pelo presidente nacional do partido, o senador Romero Jucá (RR).

A decisão foi tomada na convenção nacional da legenda, realizada nesta quinta-feira (2) em Brasília com a presença do presidente Michel Temer. Opositores da postulação do ex-ministro, senadores, como Renan Calheiros (AL) e Roberto Requião (PR), defendiam que o partido votasse pela neutralidade. O MDB segue sem alianças para a disputa e deve escolher um vice do próprio partido – o nome mais forte neste momento é o da ex-prefeita de São Paulo e senadora Marta Suplicy.

Executivo renomado no setor bancário, ele ganhou destaque em 1996, quando foi promovido à presidência mundial do banco americano Bank of Boston. Em 2002, de volta ao Brasil, disputou sua primeira eleição, sendo candidato a deputado federal em Goiás pelo PSDB. Apesar de eleito com uma das maiores votações do estado, ele decidiu não tomar posse e aceitou o convite para ser presidente do Banco Central no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante a sua gestão no BC, Meirelles foi cogitado algumas vezes como possível nome para campanhas da base aliada do governo, em especial entre 2009 e 2010, durante a sua primeira filiação ao PMDB, quando chegou a se apresentar como pré-candidato ao governo de Goiás, mas desistiu. Em 2011, com a chegada de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, ele deixou o governo para retornar à iniciativa privada, comandando o Banco Original, instituição financeira ligada ao grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Nos cinco anos seguintes, ele continuou namorando a política à distância, ajudando Gilberto Kassab na fundação do PSD e conversando algumas vezes sobre candidaturas locais em São Paulo, mas a volta definitiva veio só em 2016: após o impeachment de Dilma, ele foi nomeado ministro da Fazenda pelo presidente Michel Temer. Em 2018, com a sua vontade de disputar a Presidência e a preferência do seu então partido por Geraldo Alckmin (PSDB), fez o caminho de volta e se lançou pré-candidato pelo MDB, agora confirmado na disputa.

Legenda que agregava a oposição à ditadura militar, o MDB – que se chamou PMDB entre 1981 e o começo deste ano –, não conseguiu vencer as eleições presidenciais em suas primeiras tentativas após a redemocratização, com Ulysses Guimarães em 1989 e Orestes Quércia em 1994. Deste então, não tentou novamente: apoiou o PSDB, com Fernando Henrique e José Serra, em 1998 e 2002; ficou neutro em 2006 e caminhou com o PT nas duas eleições de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014.

O MDB já chegou três vezes à Presidência, mas todas as vezes com vices que assumiram o posto: José Sarney, em 1985, após a morte de Tancredo Neves; Itamar Franco, em 1992, após o impeachment de Fernando Collor; e Michel Temer, em 2016, com a cassação de Dilma.

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