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CNJ investiga ministro do STJ por relação com empreiteiro

Ministro Benedito Gonçalves mantinha estreita relação com o empreiteiro Léo Pinheiro, sócio da construtora OAS, investigado na Lava Jato

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2024, 03h06 - Publicado em 20 Maio 2015, 19h01

A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, determinou a abertura de procedimento contra o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para apurar as relações, reveladas por VEJA, entre o magistrado e o empreiteiro Léo Pinheiro, sócio da construtora OAS e um dos empresários investigados na Operação Lava Jato. Ao longo das investigações, a Polícia Federal detectou a troca de mensagens telefônicas que mostram a proximidade entre os ministros José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), Benedito Gonçalves e o dirigente da OAS.

O processo contra o ministro Benedito Gonçalves é sigiloso, mas no pedido de providências o magistrado foi intimado para apresentar defesa escrita para esclarecer a proximidade com o empreiteiro e possíveis laços de tráfico de influência.

VEJA teve acesso a um relatório produzido pelos investigadores da Operação Lava Jato e que demonstra, entre os telefones apreen­di­dos com Léo Pinheiro, que Benedito Gonçalves aparece marcando encontros com o empreiteiro em São Paulo e no Rio de Janeiro e combinando a ida à festa de aniversário de Toffoli. Em outra mensagem, um dia após a reeleição de Dilma Rousseff, o ministro do STJ comenta o resultado eleitoral e dá indicativos de que o empreiteiro, amigo íntimo do ex-presidente Lula, poderia trabalhar para que ele conseguisse ser nomeado para o STF, a maior corte do país.

Benedito escreve a Léo Pinheiro: “Meu amigo, parabéns o ano 2015 começou ontem. Agora preciso da sua ajuda valiosa para meu projeto’. Para os investigadores, o projeto a que ele se refere é a nomeação para o Supremo. Gonçalves era cotado para assumir a vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal, agora a ser preenchida pelo gaúcho Luiz Edson Fachin, aprovado nesta terça-feira pelo plenário do Senado.

Desde que o caso foi revelado, parlamentares de oposição cobram esclarecimento dos ministros José Antonio Dias Toffoli e Benedito Gonçalves sobre a relação mantida com o empreiteiro Léo Pinheiro, réu em um processo que trata do desvio de bilhões de reais e do suborno de políticos no escândalo do petrolão.

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