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Cláudio Castro mantém silêncio sobre operação de polícia no Rio

Governador, pré-candidato à reeleição em 2022, evitou comentar ação em comunidade que deixou 25 mortos

Por Cássio Bruno Atualizado em 7 Maio 2021, 14h04 - Publicado em 7 Maio 2021, 13h26

Passadas mais de 24 horas da operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, na favela do Jacarezinho, na Zona Norte da capital, que terminou em 25 mortes, o governador Cláudio Castro (PSC) ainda permanece em silêncio sobre o caso. Pré-candidato à reeleição em 2022 e aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Castro preferiu comentar nas redes sociais sobre a inauguração do “Restaurante do Povo”, em Campos dos Goytacazes, na Região Norte do estado. Ele participou do evento nesta sexta-feira, 7. O município é reduto eleitoral do ex-governador Anthony Garotinho (sem partido), que, nos bastidores, tornou-se um apoiador de Castro. A Secretaria de Polícia Civil ainda não divulgou os antecedentes criminais dos mortos.

“O Restaurante do Povo é uma de nossas vacinas contra a fome. A reabertura da unidade em Campos possibilitará a oferta de 1500 refeições/dia de forma gratuita. Não relegamos a fome a segundo plano e vamos, até o final do ano, abrir mais 10 Restaurantes do Povo por todo Estado”, escreveu Cláudio Castro em seu Twitter oficial nesta sexta-feira. Ele foi oficializado no cargo no último sábado, 1°, depois que o ex-governador Wilson Witzel (PSC) sofreu impeachment por corrupção.

A nota divulgada pelo governo do Rio não tinha o nome de Cláudio Castro:

“O Governo do Estado do Rio de Janeiro lamenta as vidas perdidas na operação da Polícia Civil, nesta quinta-feira (6/5), no Jacarezinho. A ação foi pautada e orientada por um longo e detalhado trabalho de inteligência e investigação, que demorou dez meses para ser concluído. Para garantir a transparência e a lisura da operação, todos os locais de confrontos e mortes foram periciados. É lastimável que um território tão vasto seja dominado por uma facção criminosa que usa armas de guerra para oprimir milhares de famílias”.

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Coordenado pela Secretaria estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, em parceria com a prefeitura de Campos, o “Restaurante do Povo” é a nova versão do projeto criado por Garotinho para oferecer refeições à população carente, batizado de “Restaurante Popular”. O prefeito da cidade é filho dele, Wladimir Garotinho (PSD). Castro e Wladimir participaram juntos do encontro, além do próprio Garotinho, da esposa dele, a também ex-governadora Rosinha Matheus, e da filha do casal, a deputada federal Clarissa.

Em 2018, Garotinho se candidatou novamente ao governo do Rio. Mas ele foi impedido de disputar o pleito pela Justiça Eleitoral. Embora negue, ele apoiou Witzel informalmente no segundo turno contra o ex-prefeito Eduardo Paes, na época filiado ao MDB. Em outubro de 2019, Garotinho foi preso pela quinta vez suspeito de participar de um esquema de superfaturamento em contratos celebrados entre a Prefeitura de Campos e a construtora Odebrecht. Ele sempre negou irregularidades e disse ter sido perseguido politicamente.

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