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Chanceler diz não estar preocupado com reação de países árabes

Liderança palestina protestou contra decisão brasileira de abrir escritório em Jerusalém; chanceler disse estar disposto a conversar com seus representantes

Por Julia Braun, de Jerusalém
2 abr 2019, 18h10

O Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou não estar preocupado com as possíveis reações de países árabes à decisão brasileira de instalar um escritório de comércio, tecnologia e inovação em Jerusalém.

Recebi a reação da Autoridade Nacional Palestina (ANP) “com muita tranquilidade”, afirmou a jornalistas no hotel em que a comitiva brasileira está hospedada em Israel.

“Nós entendemos que essa visita possa ter suscitado algumas preocupações e nós queremos ouvi-las em um espírito totalmente construtivo e de amizade”, disse, sobre um possível encontro com lideranças árabes no Brasil. “Estaremos sempre prontos a ouvir e esclarecer alguma coisa sobre a nossa relação com Israel”.

O ministro defendeu também que é possível negociar com israelenses e palestinos aos mesmo tempo. “Não tem porque ser um jogo de soma zero em relação aos países árabes. Pelo contrário, queremos avançar com ambas as vertentes”, afirmou.

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A instalação do escritório brasileiro em Jerusalém foi considerada um primeiro gesto para o reconhecimento da cidade como capital de Israel pela ANP. Os palestinos convocaram seu embaixador no Brasil, Ibrahim Zeben, para prestar esclarecimentos sobre o tema.

O chanceler também comentou a visita de Bolsonaro ao Muro das Lamentações ao lado de Benjamin Netanyahu. O brasileiro foi o primeiro chefe de Estado a ser acompanhado pelo premiê ao local.

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O muro fica no setor leste de Jerusalém, parte do território ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Para muitos, conhecer o local ao lado do líder israelense significa reconhecer a soberania do país sobre a região, em detrimento dos palestinos.

Segundo ele, as razões para a visita foram todas religiosas e não políticas, apesar do período pré-eleitoral israelense. As eleições no país acontecerão em 9 de abril e Netanyahu concorre à reeleição.

Araújo também afirmou que não teme uma retaliação de um possível novo governo de Israel contra o Brasil, caso Netanyahu saia derrotado da votação e um novo premiê decida se afastar dos antigos aliados.

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“Israel é um país democrático acima de tudo, tenho certeza de que com qualquer governo a relação que nós estamos construindo vai prosperar, porque ela tem raízes muito mais fundas”, disse.

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