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Capacidade do PT deve levar Haddad a 2º turno, diz economista

Para Zeina Latif, da XP Investimentos, experiência do partido em fazer campanha eleitoral deve alavancar candidatura do ex-prefeito, caso Lula seja barrado

Por Estadão Conteúdo 13 ago 2018, 18h47

A economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, avaliou nesta segunda-feira, 13, que, entre as siglas de esquerda com candidatos à Presidência da República, a experiência e a capacidade do PT em fazer campanha deverá levar o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ao segundo turno da disputa. Haddad será registrado como vice de Luiz Inácio Lula da Silva e, com o provável impedimento à candidatura do ex-presidente, assumirá a titularidade da chapa petista.

“A dificuldade que vejo com a esquerda de uma maneira geral é a falta de diagnósticos tão claros. Eu acho muito improvável o PT conseguir fazer a repetição do primeiro mandato de Lula”, disse Zeina, depois de ter feito palestra a um grupo de cerca de 60 investidores.

Sobre Jair Bolsonaro, candidato do PSL, Zeina chamou a atenção para o fato de ele ainda não ter um plano econômico concreto. De acordo com a economista, o presidenciável emite apenas afirmações vagas. Sobre o apreço que parte do mercado tem com o economista Paulo Guedes, responsável pelo capítulo econômico de Bolsonaro, ela entende que qualquer um que fale que é preciso deixar a economia respirar com menos intervencionismo terá a simpatia de uma parcela do setor produtivo e do mercado financeiro.

Mas isso, para Zeina Latif, não seria o suficiente. Dilma, lembrou ela, ganhou a eleição e nomeou como ministro da Fazenda Joaquim Levy, um economista ortodoxo da escola de Chicago, mas não teve êxito. “Não está claro o que é a convicção do Bolsonaro e nós estamos com medo de uma repetição do Dilma 2”, declarou a economista, reiterando que é preciso ter a convicção do presidente, já que se trata de uma agenda de governo e não do ministro da Fazenda.

Além da falta de clareza econômica no discurso de Jair Bolsonaro, a economista ressalta a possível fragilidade política de um governo dele. “O Bolsonaro não parece ter habilidade. Ele não conseguiu ser candidato de uma sigla importante, não conseguiu aglutinar uma base consistente, está muito isolado politicamente e isso, obviamente, traz uma grande preocupação”, disse ela.

De acordo com economista da XP, do ponto de vista dos investidores e empresários, que são pragmáticos, o candidato com maior chance de vencer a eleição é o que melhor sinalizar que aproveitará o peso das urnas para promover reformas estruturantes, com destaque para a previdenciária. “O poder aglutina no início do mandato”, afirmou.

Para a economista, todos os candidatos bem avaliados nas pesquisas reconhecem a necessidade de se promover as reformas, mas alerta para o fato de que o próximo presidente vai precisar de muita capacidade de articulação no Congresso, que não deve passar por uma grande renovação.

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