O pecuarista José Carlos Bumlai se apresentou às 10 horas desta terça-feira à Polícia Federal de Curitiba, no Paraná. Amigo pessoal do ex-presidente Lula, o empresário cumpria prisão domiciliar desde março deste ano, para tratar um câncer. No último dia 10 de agosto, contudo, o juiz federal Sergio Moro determinou que ele voltasse para a prisão.
Nesta segunda-feira, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou pedido de habeas corpus em que o empresário pedia a revogação da prisão preventiva, decretada pelo juiz federal Sergio Moro.
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No recurso junto ao TRF, a defesa de Bumlai alegou que a prisão preventiva não mais se justifica, em função do encerramento da instrução do processo. A defesa sustentou que Bumlai é réu confesso e que não há enquadramento por organização criminosa.
A Justiça Federal determinou que a defesa de Bumlai apresente o resultado de todos os exames médicos. O pecuarista é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e por crimes financeiros. Em 2004, ele contraiu empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais no Banco para o Partido dos Trabalhadores. A dívida foi quitada com recursos desviados da Petrobras.