O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 18, que o governo federal está “tendo apoio incondicional por parte da Câmara e do Senado para que o problema” envolvendo a pandemia do novo coronavírus “seja atenuado”.
“O momento, agora, com a realidade posta, com os riscos que a população pode vir a sofrer, estamos tendo apoio incondicional por parte da Câmara e do Senado para que o problema seja atenuado”, disse Bolsonaro. A declaração moderada contrasta com a troca de farpas recentes entre Executivo e Legislativo.
No domingo 15, o presidente da República foi criticado por comparecer a um ato de apoio ao seu governo em frente ao Palácio do Alvorada, desrespeitando a orientação médica de que ficasse em isolamento. Em resposta, Bolsonaro elevou o tom contra os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). “Eu gostaria que eles saíssem às ruas como eu”, disse Bolsonaro, ao ser questionado.
O presidente voltou a dizer que não convocou os seus apoiadores para a manifestação, embora tenha feito isso em ao menos duas oportunidades: em Boa Vista (RR), antes de viagem para Miami e depois, quando estava nos Estados Unidos. “É um movimento espontâneo e o político que tem medo de movimentos de rua não serve para ser político. Então, participem”, disse à época, em solo brasileiro.
Em sua fala nesta quarta-feira, Bolsonaro também anunciou que o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, testou positivo para o coronavírus – com isso, sobe para dezessete o número de membros que integraram a comitiva de Bolsonaro ou tiveram contato com o grupo que testaram positivo para a doença.
Também nesta quarta-feira, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, testou positivo para o coronavírus. Além de Heleno e Albuquerque, testaram positivo Flavio Roscoe, presidente da Federação das Indústria do Estado de Minas Gerais (Fiemg); Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia; Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência da República (Secom); Daniel Freitas (PSL-SC), deputado federal; Nelsinho Trad (PSD-MS), senador; Nestor Forster, encarregado de negócios do Brasil nos Estados Unidos; Samy Liberman, secretário Especial Adjunto de Comunicação Social da Presidência; Francis Suarez, prefeito de Miami; Sérgio Lima, publicitário que trabalha com a família Bolsonaro na criação do partido Aliança pelo Brasil; Karina Kufa, advogada de Jair Bolsonaro; e quatro integrantes da equipe de apoio da comitiva.