Bolsonaro cancela readmissão de Santini na Casa Civil
Assessor demitido por usar avião da FAB em viagem havia ganhado um novo cargo na pasta; presidente também tirou PPI de Onyx
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira, 30, que o ex-número dois da Casa Civil, José Vicente Santini, não terá um novo cargo no alto escalão do governo federal. No Twitter, Bolsonaro escreveu pela manhã que tornaria “sem efeito a admissão do servidor Santini”. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta tarde. O presidente também decidiu exonerar Fernando Moura do cargo de secretário-executivo da pasta e nomear Antônio José Barreto de Araújo Júnior para assumir interinamente o posto.
A decisão de cancelar a nomeação de Santini acontece após a repercussão negativa que teve a recontratação do ex-secretário, que voou em um avião da Força Área Brasileira (FAB) à Índia. Apesar de o presidente ter considerado a atitude “inadmissível” e exonerado o assessor do posto de número dois da pasta, Santini ganhou o cargo de assessor especial da Secretaria Especial de Relacionamento Externo da Casa Civil logo depois de sua demissão.
Na rede social, o presidente também havia antecipado que exoneraria “o interino da Casa Civil”, sem especificar o nome. Fernando Moura havia assumido o cargo após a exoneração de Santini. Por fim, anunciou que passaria o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) da Casa Civil para o Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.
Ao comentar o caso, na terça-feira 28, Bolsonaro classificou a atitude de Santini como “completamente imoral” e que foi inadmissível a decisão de ter voado em um avião da FAB, podendo ter optado por um voo comercial. No dia seguinte, poucas horas depois da exoneração, foi publicado no Diário Oficial da União a nomeação de Santini para o novo cargo, que agora Bolsonaro diz que tornará sem efeito.