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Bolsonaro admite que pode furar teto de gastos para emergência

Presidente disse que integrantes do governo debatem mudanças na regra para que seja possível ampliar recursos para conclusão de obras

Por Da Redação 13 ago 2020, 22h34

No dia seguinte ao fazer uma declaração em defesa da emenda do teto de gastos públicos e de uma agenda de responsabilidade fiscal ao lado dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil pode furar o teto de gastos públicos do país em casos emergenciais, como no combate à pandemia do novo coronavírus e em outras obras.

O chefe do Planalto deu as declarações na noite desta quinta-feira, 13, em sua tradicional live nas redes sociais. Segundo Bolsonaro, alguns integrantes do governo debatem mudanças na regra do teto de gastos: “A ideia de furar o teto existe, o pessoal debate, qual é o problema? Na pandemia, temos a PEC de Guerra, nós já furamos o teto em mais ou menos R$ 700 bilhões. Dá para furar mais R$ 20 bilhões? Se a justificativa for para o vírus, sem problema nenhum. ‘Ah, nós entendemos que água é para essa mesma finalidade’. E a gente pergunta: ‘E daí? Já gastamos R$ 700 bilhões, vamos gastar mais R$ 20 bi ou não?'”.

O teto de gastos é uma regra prevista na Constituição Federal, para impedir que as despesas do orçamento do Brasil cresçam em ritmo superior ao da inflação.

Jair Bolsonaro também pediu compreensão e “patriotismo” do mercado no caso de superação do teto de gastos. E insinuou que informações a respeito estariam sendo vazadas por pessoas com interesses. “O mercado tem que dar um tempinho também. Um pouquinho de patriotismo não faz mal a eles. Se bem que tem gente que vaza e tem negócios. A gente manda investigar muitas vezes aqui, aciona a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), para ver se esse vazamento publicado em tal local da imprensa foi fake news, uma mentira para mexer no mercado e alguém ganhar dinheiro.”

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O presidente ainda criticou a possibilidade de prorrogar “indefinidamente” o pagamento do auxílio emergencial. Inicialmente, os beneficiários aprovados receberiam três parcelas mensais de R$ 600 cada, como um socorro durante a pandemia. Em julho, o governo determinou que o pagamento seria prorrogado por mais dois meses, nos mesmos valores. Existe a possibilidade, no entanto, de o benefício ser prorrogado até março, com parcelas de menor valor.

“Tem gente que demagogicamente acha que (o auxílio) deve ser prorrogado indefinidamente. São aproximadamente 65 milhões de pessoas (beneficiadas), com R$ 600. Está na casa de R$ 50 bilhões por mês”, argumentou. Para Bolsonaro, o auxílio emergencial pode representar um endividamento: “Alguns falam que é dinheiro do povo: não é, é endividamento. Por quanto tempo você aguenta isso? Se eu pudesse, dava R$ 10 mil por mês para todo mundo, ficaria todo mundo em casa”, acrescentou.

Com Agência Brasil

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