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Black bloc preso por depredar concessionária tem longa ficha criminal

O mascarado João Antônio Alves de Roza, de 46 anos, já passou sete meses na cadeia pelos crimes de associação criminosa e receptação

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jul 2014, 17h47

Atualizado às 19h05

O black bloc preso nesta quarta-feira por participar da depredação de uma concessionária de carros de luxo em 19 de junho, durante um protesto convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL), acumula uma extensa ficha criminal: segundo a Polícia Civil, João Antônio Alves de Roza, de 46 anos, já foi fichado porte de arma de fogo, porte de drogas, associação criminosa e receptação. Por esses dois últimos crimes, ficou na cadeia por sete meses em 1997. Capturado por agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) nesta manhã, Roza está preso no 7º DP (Lapa) por dano ao patrimônio e associação criminosa. Investigadores chegaram a afirmar pouco antes da coletiva que Roza teria envolvimento com pedofilia. Questionado, o diretor do Deic, Wagner Giudice, esclareceu que o black bloc foi processado por divulgar fotos de uma menor de idade nua na internet em 2008.

Além das roupas usadas durante o protesto, a polícia apreendeu na casa de Roza um notebook e uma câmera fotográfica. E descobriu que os equipamentos eram fruto de um roubo realizado em abril deste ano, em Mauá, no ABC Paulista. Segundo o delegado, ele alegou que estava consertando o material. O acusado deve também ser enquadrado por receptação, mas em um inquérito à parte.

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De acordo com Giudice, a polícia identificou Roza porque, no dia do protesto, ele postou em sua página no Facebook uma foto em que veste a mesma roupa com a qual foi flagrado em um vídeo depredando a concessionária. Nas imagens do ataque, ele é flagrado jogando um extintor de incêndio na vidraça do estabelecimento, vestindo boné e um casaco pretos – os mesmos que usa em uma foto ao lado do filho na rede social. Roza é o único black bloc registrado nas câmeras com o rosto descoberto. Ainda assim, o diretor do Deic afirma que, em breve, a polícia prenderá mais quatro black blocs. Ainda segundo o diretor do Deic, Roza não se encaixa no perfil dos outros black blocs ouvidos pela investigação até agora. “Poucos deles têm mais de 30 anos. Em geral, são bem jovens. Ele também não tem formação superior. Já foi mecânico e agora é motorista de van. Mas é conhecido por eles (black blocs) e conhece todo mundo”, disse Giudice. Desde que começaram as investigações, em outubro do ano passado, o Deic já ouviu mais de 250 pessoas e catalogou mais de 700 suspeitos de envolvimento com o grupo que promove os quebra-quebras em São Paulo. Segundo o delegado, foi recolhido um extenso material no computador de Roza de fotografias e conversas com outros membros do grupo.

Polícia apreende objetos pessoais de black bloc preso acusado de participação na depredação de uma loja de carros em SP
Polícia apreende objetos pessoais de black bloc preso acusado de participação na depredação de uma loja de carros em SP (VEJA)
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Roza já foi flagrado em outros protestos que deixaram marca de destruição por São Paulo, como no ato contra a Copa do Mundo realizado em 12 de junho, dia de abertura do Mundial, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Em um vídeo recolhido pela polícia, ele aparece queimando uma bandeira e lixo no meio da rua.

Polícia apreende objetos pessoais de black bloc preso acusado de participação na depredação de uma loja de carros em SP
Polícia apreende objetos pessoais de black bloc preso acusado de participação na depredação de uma loja de carros em SP (VEJA)

Entenda – Em 19 de junho, black blocs depredaram agências bancárias e concessionárias de luxo durante manifestação promovida pelo MPL. Oficialmente, o ato tinha como objetivo comemorar um ano de redução das tarifas de ônibus, trens e metrô, de 3,20 reais para 3 reais, após a onda de protestos de junho do ano passado. A PM acompanhou de longe a manifestação e, logo após o ato, o comando da polícia afirmou que tinha feito um acordo com o MPL, no qual eles teriam se comprometido com a segurança do evento.

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A demora da ação policial durante as depredações foi criticada pelo próprio secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella. Ele admitiu que houve um equívoco por parte da PM ao se manter distante do protesto. O prejuízo estimado da concessionária de veículos destruída pelos vândalos é de 3 milhões de reais.

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