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Bastidores da posse: Moraes e Dino aos risos, Dilma ‘maravilhosa’ e choro

Cerimônia no Palácio do Planalto reuniu as mais altas autoridades da República em clima de festa

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jan 2023, 15h41 - Publicado em 2 jan 2023, 13h43

A cerimônia de posse do presidente Lula reuniu as mais altas autoridades da República no Palácio do Planalto no domingo, 1º, e promoveu encontros calorosos, cenas curiosas, tietagens e muito – muito – choro entre os mais aguerridos apoiadores do petista.

A movimentação começou por volta das 14h, mais de duas horas antes de Lula subir a rampa do Planalto. Uma das primeiras a chegar ao Salão Nobre foi a apresentadora da TV Globo Fátima Bernardes – na campanha, a jornalista anunciou voto no petista. Ao longo de todo o dia, Fátima foi abordada pelos presentes, e até funcionárias que cuidam da limpeza do Planalto aproveitaram o momento de higienização de uma lixeira próxima à cadeira da jornalista para pedir uma foto com ela (e foram prontamente atendidas).

A ex-presidente Dilma Rousseff também foi recebida com pompa. Ela participou da cerimônia de posse no Congresso e chegou ao Palácio do Planalto momentos antes de Lula. “Ela voltou!”, clamava uma trupe de petistas, em referência ao processo de impeachment sofrido por Dilma, em 2016, que antecipou sua saída do cargo. Posicionada próxima à rampa, ela evitava responder se seria uma das responsáveis por entregar a faixa a Lula. Mas foi taxativa ao ser questionada como se sentia e qual era a sensação de voltar ao local. “Maravilhosa”, respondeu, com satisfação.

A chegada de Lula gerou uma comoção geral. Enquanto a cerimonialista pedia para os telefones celulares serem desligados (por óbvio, ninguém obedeceu), um grupo de parlamentares localizado à esquerda da saída da rampa se amontoava para ver o petista chegando. Assim que Lula rompeu o salão, o deputado José Guimarães, indicado como novo líder do PT na Câmara, não conteve as lágrimas e precisou de um lenço para limpar o rosto. Quem também caiu no choro foi a primeira-dama Janja, que por vezes se afastava de Lula para enxugar as lágrimas. “É muita emoção”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, momentos depois.

Também teve sorrisos de sobra. Enquanto Lula recebia a delegação estrangeira em um salão ao lado, várias rodinhas de conversas eram formadas. Uma delas chamava especial atenção. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, entrou em uma longa e animada conversa com Flávio Dino, que assume o cargo de ministro da Justiça, e com Andrei Rodrigues, o novo diretor-geral da Polícia Federal. O trio conversou por cerca de dez minutos entre risos e um papo descontraído. Moraes, que se notabilizou como um dos principais algozes do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi recebido no Planalto em um clima um tanto amigável, e por diversas vezes foi tratado como celebridade e abordado para tirar fotos.

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O evento ainda serviu como uma espécie de termômetro do índice de popularidade dos novos ministros. Os 37 representantes do primeiro escalão do governo foram anunciados um por um e, após assinar o termo de posse, seguiam por um corredor formado por deputados e senadores. Alguns eram ovacionados, enquanto outros quase passaram despercebidos. Silvio de Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Flávio Dino receberam palmas calorosas – Dino correu em direção à sua “plateia” com o braço em riste: “Camaradas!”, repetia, feliz da vida e abraçando os parlamentares.

Já o presidente do PDT , Carlos Lupi (Previdência Social), e Juscelino Filho (Comunicações), deputado eleito pelo União Brasil, receberam apenas palmas burocráticas. Houve até pedidos especiais. Novo ministro dos Transportes, Renan Filho, enquanto saia, foi puxado pelo senador paraense Paulo Rocha. “Não esquece do meu estado”, disse, pedindo a execução de obras fluviais na região.

Enquanto isso, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) apresentava a mãe, de 81 anos, Teresinha de Araújo, para os convidados, e o novo ministro da Defesa, José Múcio, tentava diminuir as dificuldades que, diziam seus aliados, vai enfrentar com as Forças Armadas. “Até o [Jair] Bolsonaro, depois de vinte anos de convivência, disse que eu sou ‘imbrigável’. Vai dar tudo certo”, amenizou.

Mas, em termos de popularidade, ninguém superou o ex-participante do Big Brother Brasil Gil do Vigor, que mal conseguia andar no local por tamanha tietagem – o casal Tábata Amaral e João Campos foi um dos que garantiram a foto, imediatamente publicada nas redes sociais.

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