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Aumento salarial consegue enfim unir governo e oposição

Líderes da base aliada e bloco oposicionista defendem a aprovação do reajuste

Por Da Redação
10 nov 2010, 08h31
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  • “Fizeram uma sacanagem comigo. Em 2002, aprovaram aumento só para a Câmara e para o Senado”

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    Lula, sobre o aumento de salário

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    Depois de uma acirrada disputa eleitoral, governistas e oposicionistas enfim encontraram uma causa comum para defender: o reajuste salarial para os políticos. A informação de que os parlamentares preparam um projeto que reajusta salários dos integrantes da Câmara e do Senado, além do presidente, repercutiu positivamente em Brasília na terça-feira – líderes da base aliada e do bloco oposicionista se uniram nos elogios à iniciativa. Ainda não se sabe de quanto seria o reajuste, mas quase todos acham que os parlamentares e o presidente ganham pouco. Hoje, o salário bruto do presidente é de 11.420 reais. Deputados e senadores ganham 16.512 reais, mais benefícios.

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    Conforme o líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), o aumento salarial para parlamentares e a presidente eleita Dilma Rousseff deve ocorrer “cedo ou tarde”. Do outro lado do Congresso, nas fileiras da oposição, a posição é a mesma. O líder do PSDB, João Almeida (BA), disse que o projeto deve ser aprovado e defendeu o equilíbrio salarial entre os diferentes Poderes. “Precisamos achar uma forma de arrumar isso sem ônus ao Legislativo”, disse, conforme reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. O atual presidente da Câmara, Michel Temer, nega que o assunto já esteja em discussão: “Ninguém tratou disso comigo”.

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    Na coluna do Augusto Nunes: compare como vivem políticos suecos e brasileiros

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    Também na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou o caso em sua visita a Moçambique. Lula defendeu o aumento salarial e ainda reclamou – disse ter sido prejudicado pela falta de reajuste para ele nos últimos anos. “Não há nenhuma novidade de que, no final de uma legislatura, eles aprovem o salário para a próxima legislatura. Isso é da Constituição. Somente no meu mandato eles fizeram uma sacanagem comigo. Em 2002, aprovaram aumento só para a Câmara e para o Senado”, disse ele. O presidente afirmou, porém, que não lamentou a falta de reajuste. Também disse que o aumento proposto agora é “justo e necessário” e que “se não fizer agora, não faz mais”.

    (Com Agência Estado)

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    Leia no blog do Reinaldo Azevedo:

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    Não custa lembrar que Lula, a pobre vítima daquela “sacanagem”, é um dos beneficiários do Bolsa Ditadura, que supera os R$ 6 mil mensais. Ele já tinha um bom patrimônio quando chegou à Presidência. E fez certamente uma pequena fortuna nesses oito anos, guardando cada tostão dos dois salários. Pois é… No momento em que se debate o valor do novo mínimo e que policiais reivindicam a aprovação da PEC 300, discutir aumento de salário para os parlamentares e para o primeiro escalão não parece ser exatamente uma boa idéia. Mas o debate está na praça.

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    Leia na coluna do Ricardo Setti:

    Pode-se questionar se está OK o salário dos deputados e senadores, que recebem brutos 16.500 reais por mês – mas têm uma série de mordomias. Pessoalmente, porém, acho um verdadeiro escândalo o presidente da República do país que detém a oitava economia do mundo – com a colossal carga de responsabilidade que o cargo acarreta – ganhar salário de executivo financeiro iniciante, recém-formado, no eixo São Paulo-Rio. Está certo que os deputados e senadores, que não são santos, começaram essa história para aumentar seus próprios vencimentos. Mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

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