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As lamúrias de Valdemar, o dono do partido de Bolsonaro

Partido de Jair Bolsonaro cresceu e não tem dinheiro para bancar candidaturas

Por Letícia Casado, Daniel Pereira 24 abr 2022, 14h04

O PL, comandado com mãos de ferro por Valdemar Costa Neto, virou o maior partido da Câmara dos Deputados depois de filiar o presidente Jair Bolsonaro em novembro. Agora, a legenda enfrenta as dores do crescimento. 

“Vamos ter que ir atrás doação. É duro porque é só pessoa física. Vamos ter que lutar por isso”, disse o mandachuva. “Se você fizer as contas estamos mortos. Temos uma campanha presidencial. Na eleição passada demos o teto para deputado com mandato. Temos que arrecadar, senão vai ser difícil para nós.” 

Em 2018 o PL elegeu 33 deputados federais. Por causa disso, vai receber uma uma cota do fundo eleitoral calculada, como determina a lei, com base na bancada eleita naquele pleito. Só que com a entrada do chefe do Executivo na agremiação, se tornou a maior bancada da Câmara, com 79 parlamentares. 

O partido vai receber neste ano pouco menos de R$ 300 milhões de verba pública para bancar as candidaturas. Valdemar prometeu R$ 2,5 milhões para cada parlamentar já eleito que disputar a eleição, o que soma quase R$ 200 milhões. Sobrariam, portanto, menos de 100 milhões para bancar Bolsonaro e os candidatos ao Senado e aos governos estaduais. 

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“Não dá nem para sair, temos 17 candidatos ao Senado e 12 ao governo do estado. Como o pessoal vai trabalhar sem um tostão?”, afirmou. “É difícil prever quantos serão eleitos, dependemos muito do desempenho do presidente. Nosso grande problema vai ser recursos. Temos um recurso deste tamanho (pequeno) e o partido ficou desse tamanho (grande).” 

O próprio Valdemar reconhece que o presidente terá de recorrer a doações de pessoas físicas, limitadas a 10% dos rendimentos brutos obtidos pelo doador no ano anterior à eleição. O foco do PL, que está estruturando um site para receber doações, são os milionários do agronegócio. 

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da campanha do pai, tem se reunido com empresários para tratar sobre a reeleição e pedir ajuda financeira. O partido estrutura um site para receber doações e que deve ser lançado nas próximas semanas. 

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O Progressistas e o Republicanos, que formam o tripé governista no Congresso, não pretendem dividir os recursos com o PL para bancar a candidatura do presidente. 

Valdemar destaca que outras legendas enfrentam a mesma dificuldade financeira: “Sem querer desmerecer ninguém, o pessoal do PSDB está tendo dificuldade, do PMDB está tendo dificuldade. O próprio DEM teve que fazer uma fusão, isso não é crítica, para ficar com mais força. Todos esses partidos já tiveram mais de cem deputados. Interessante né?”.

Ele diz que trabalha para mudar a regra de divisão de fundos públicos para depois da janela partidária – e não mais sobre a bancada eleita.

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