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As andanças de Pagot no Ministério dos Transportes

Antigo homem-bomba do Dnit foi defenestrado do governo após VEJA revelar cobrança institucionalizada de propina no governo Dilma

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 abr 2023, 21h05 - Publicado em 17 abr 2023, 09h29

Desde o início do ano, uma presença constante tem chamado a atenção de funcionários do bloco R da Esplanada dos Ministérios. Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e pivô de um escândalo de corrupção que culminou na primeira grande onda de demissões do governo Dilma Rousseff, se reuniu pelo menos três vezes com o chefe da pasta dos Transportes, Renan Filho (MDB).

A poucos meses do início do governo, os encontros alimentaram rumores de que Pagot se articulava para tentar voltar ao Dnit, autarquia responsável pela construção e manutenção das estradas, de onde foi defenestrado após reportagem de VEJA ter revelado a cobrança institucionalizada de propina no ministério durante o primeiro mandato de Dilma.

Renan negou a VEJA que a presença de Pagot tivesse relação com o preenchimento de cargos no Dnit e disse que, como consultor privado na área de logística, o ex-homem forte do governo na área dos transportes tem defendido a criação de um plano rodoviário emergencial para a recuperação de rodovias em estado precário de conservação. Atualmente, o Dnit é comandado interinamente pelo ex-superintendente do órgão em Alagoas Fabrício Galvão, que deve ser efetivado no posto.

Durante o governo Dilma, VEJA revelou que o Ministério dos Transportes, na época comandado pelo atual PL de Valdemar Costa Neto, montou um esquema de recolhimento de propina em que empreiteiros eram obrigados a pagar 4% de “pedágio político” em troca de contratos e liberação de faturas. O então Partido da República, nome anterior do PL, exigia 1 ponto porcentual a mais para o caixa da legenda. Com a reportagem, a cúpula do Ministério dos Transportes, do Dnit e da antiga Valec, empresa responsável por ferrovias no governo, foi demitida. O esquema de corrupção também permitiu que a empreiteira Delta, do empresário Fernando Cavendish, se tornasse a maior prestadora de serviços do governo, com faturamento superior a 3 bilhões de reais em contratos.

Pagot estava na lista de demissionários e, em uma cartada final, chegou a mandar recados ao governo de que poderia se tornar um homem-bomba e revelar esquemas corruptos no governo petista. Meses depois, o então chefe da pasta dos Transportes, Alfredo Nascimento, também acabou exonerado no que ficou conhecido como “faxina ética” – no primeiro ano do mandato de Dilma, seis ministros foram demitidos por suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção.

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