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Depois de arrecadar mais de 1 milhão de reais em “vaquinha” online organizada por militantes petistas, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu depositou na última sexta-feira 971.128,92 reais em juízo. O valor refere-se à multa imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção ativa no caso do mensalão. A arrecadação de dinheiro durou apenas dez dias. Em média, 100.000 reais foram arrecadados diariamente para que o mensaleiro quitasse o débito.
Condenado a dez anos e dez meses de prisão, Dirceu conseguiu pagar parte da multa graças à ajuda dos mensaleiros José Genoino e Delúbio Soares, que também recorreram à campanha de arrecadação e lhe repassaram parcela do excedente. Delúbio ajudou o companheiro de partido com 143.000 reais, enquanto o ex-presidente do PT colaborou com 20.000 reais.
Do total angariado, o advogado de Dirceu, José Luiz Oliveira, afirma não saber quanto será pago em tributos e nem qual será o destino do valor excedente arrecadado. Segundo ele, o comprovante de pagamento vai ser enviado ainda nesta segunda à Vara de Execuções Penais (VEP).
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Depoimento – Nesta terça-feira, Dirceu deve prestar depoimento no Tribunal de Justiça do Distrito Federal para esclarecer se ele utilizou ou não um telefone celular no Complexo Penitenciário da Papuda, onde cumpre pena. O ex-ministro da Casa Civil teria conversado por telefone no último dia 6 de janeiro com o secretário da Indústria, Comércio e Mineração do governo da Bahia, James Correia.
O depoimento, que deve ocorrer por videoconferência, faz parte do procedimento aberto para apurar o suposto uso do celuar. A denúncia envolvendo a conversa telefônica acabou por paralisar a análise, pela Vara de Execuções Penais, dos benefícios a que Dirceu poderia ter direito, como trabalhar fora do presídio.
Embargos – Na quarta-feira, o STF deve julgar os embargos infringentes – os últimos recursos do processo do mensalão – e decidir se livra Dirceu do crime de formação de quadrilha. Caso os ministros aceitem os recursos, o ex-ministro da Casa Civil passará a cumprir pena apenas por formação de quadrilha -, pena de sete anos e 11 meses – e vai para o regime semiaberto.
VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
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