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Após pagar fiança de R$ 1 mi, empresário ligado a caso Celso Daniel deixa prisão

Ronan Maria Pinto estava detido desde abril, quando foi deflagrada a 27ª fase da Lava Jato, a Carbono 14; ele é suspeito de receber metade do empréstimo fraudulento contraído por Bumlai a pedido do PT

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jul 2016, 18h43

Após pagar uma fiança de 1 milhão de reais, o empresário Ronan Maria Pinto deixou a prisão na tarde desta sexta-feira. Ele estava detido desde abril no Complexo Médico Penal, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Réu no processo derivado da 27ª fase da Lava Jato, a Carbono 14, o empresário obteve um habeas corpus pelos desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, que contrariou a decisão do juiz federal Sergio Moro de mantê-lo sob custódia.

Segundo o advogado de Ronan, Fernando José da Costa, a liberdade foi concedida em caráter condicional. Além de ter desembolsado o valor da fiança, ele precisará usar tornozeleira eletrônica, recolher-se em casa todos os dias às 20 horas e nos finais de semana e feriados, e comparecer à Justiça Federal em Curitiba a cada três meses.

Dono de empresas de ônibus em Santo André e principal controlador do Diário do Grande ABC, Ronan é apontado pelo operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério, como detentor de segredos sobre o esquema de corrupção na prefeitura de Santo André e o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT), em 2002. Ao determinar a prisão de Ronan, Moro afirmou que “é possível que este esquema criminoso tenha alguma relação com o homicídio, (…) o que é ainda mais grave”.

Segundo as apurações da Carbono 14, o empresário foi o destinatário de metade do empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais contraído pelo pecuarista José Carlos Bumlai do banco Schahin, em 2004. Em depoimento à Lava Jato, o pecuarista admitiu que tomou o crédito para pagar dívidas do PT. O empréstimo teria sido quitado com a contratação do grupo Schahin para operar o navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de 1,6 bilhão de dólares.

Em 2012, conforme revelou VEJA, o publicitário Marcos Valério contou que foi procurado por pessoas do PT para levantar dinheiro para comprar o silêncio de Ronan Maria Pinto, que ameaçava implicar Lula e Gilberto Carvalho na morte de Celso Daniel. Com a prisão de Ronan, os investigadores buscavam esclarecer o motivo pelo qual ele recebeu os 6 milhões de reais do empréstimo. O advogado do empresário negou as irregularidades e disse que ele não tem nenhuma relação com o petrolão.

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