O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria Jr., recuou da proposta de acabar com a Secretaria de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, caso eleito. A decisão foi tomada após a repercussão negativa do plano de acabar com sete das 27 secretarias municipais, entre elas, a de Mulheres, Igualdade Racial e Pessoa com Mobilidade Reduzida. Pesaram na decisão do candidato as críticas feitas pela deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP).
Em sua conta no Facebook, a tucana escreveu ontem que a proposta “é de uma falta de conhecimento inacreditável”. “Doria parece despreparado para entender o funcionamento da prefeitura. Quer cortar gastos da pasta que faz mais com menos e que foi a pioneira desse tipo no país”, postou.
Mara Gabrilli foi a primeira secretária municipal de pessoa com deficiência do Brasil, na gestão do tucano José Serra, atual ministro das Relações Exteriores do governo Michel Temer (PMDB).
A criação da pasta é considerada pelos tucanos uma das vitrines de Serra, que, depois da iniciativa municipal, criou a versão estadual da secretaria quando eleito governador de São Paulo.
Para anunciar a decisão de manter a pasta, João Doria convocou uma entrevista coletiva no seu escritório, na zona oeste paulistana, com a presença de lideranças tucanas do movimento das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Entre os participantes da coletiva, que acontecerá ainda nesta sexta, está a secretária estadual de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida Linamara Battistella e a deputada estadual Célia Leão.
Doria mantém, porém, a proposta de extinguir as secretarias de Igualdade Racial e Mulheres.
(com Estadão Conteúdo)