Deputada tucana critica proposta de Doria: ‘Parece despreparado’
Além de Mara Gabrilli, Fernando Haddad e Andrea Matarazzo também criticaram proposta de Doria para reduzir secretarias
A proposta de João Doria Jr., candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, de reduzir de 27 a 20 o número de secretarias municipais, foi bombardeada por adversários e uma correligionária do empresário nesta quinta-feira. Após uma agenda de campanha na manhã de hoje, Doria disse aos jornalistas que “não vamos mudar as políticas para deficientes, mulheres, negros, juventude e LGBT. Só não teremos secretarias”.
Entre as críticas, que partiram dos adversários de Doria Fernando Haddad (PT) e Andrea Matarazzo (PSD), além da deputada federal Mara Gabrilli (PSDB), a mais dura veio da tucana, primeira titular da pasta de Pessoas com Deficiência, criada na gestão de José Serra (PSDB), em 2005.
Em sua conta no Facebook, Mara Gabrilli escreveu que “é de uma falta de conhecimento inacreditável. Doria parece despreparado para entender o funcionamento da prefeitura. Quer cortar gastos da pasta que faz mais com menos e que foi a pioneira desse tipo no país”.
O prefeito Fernando Haddad também rebateu a proposta do empresário. “Nós iremos reforçar as políticas para mulheres, pessoas com deficiência, população LGBT e jovens. O candidato Doria mostra mais uma vez desconhecer a cidade. Das secretarias citadas por ele, três sequer existem”, disse Haddad.
As coordenadorias LGBT e Juventude fazem parte da secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura.
As secretarias de Igualdade Racial, Mulheres e Direitos Humanos custam aos cofres públicos 158,4 milhões de reais, ou 0,29% do orçamento da Prefeitura em 2016, que é de 54,4 bilhões de reais.
O vereador Andrea Matarazzo (PSD), candidato a vice de Marta Suplicy, também criticou a proposta de Doria. “Isso mostra que ele não tem noção das prioridades da cidade. A secretaria da Pessoa com deficiência promove a inclusão”, disse o ex-tucano.
(com Estadão Conteúdo)