Após 48 horas de ocupação do plenário da Câmara Municipal de São Paulo para protestar contra projetos do prefeito João Doria (PSDB), os manifestantes deixaram o local no início da tarde desta sexta-feira sem grandes avanços – eles queriam a suspensão da tramitação de projetos que concedem ou privatizam imóveis e serviços da prefeitura e a revisão de iniciativa do tucano de restringir o uso do passe estudantil.
Segundo os manifestantes, o Colégio de Líderes da Câmara concordou em discutir a realização do plebiscito com a participação dos estudantes, que poderão expor suas ideias durante a sessão. Os integrantes do protesto leram um texto em que o Prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) e o Presidente da Câmara, Vereador Milton Leite (DEM), foram duramente criticados.
A desocupação ocorreu um dia após o juiz Alberto Alonso Muñoz, da 13ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo determinar a reintegração de posse do plenário. Com a liminar de Muñoz, a Câmara deveria ser desocupada em até cinco dias para evitar a retirada forçada pela Polícia Militar.
Segundo a Câmara, os manifestantes acertaram a participação de seus representantes por cinco minutos na próxima reunião de líderes no Parlamento, mas não conseguiram a suspensão da tramitação dos projetos de lei 364, 367 e 404,que tratam de concessões e privatizações de serviços públicos. O grupo, que invadiu o plenário na quarta-feira, deixou o local aos gritos de “Doria, nem tenta, SP não está à venda”.