Investigado na Operação Acrônimo e possível alvo de novas ações da Polícia Federal, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), criticou as autoridades da Operação Lava Jato e saiu em defesa do ex-presidente Lula nesta sexta-feira. Em nota, o petista manifestou “extrema preocupação” com a mais recente etapa da Lava Jato e disse que as conduções coercitivas e buscas em endereços de Lula e familiares “constituem claramente uma violência aos direitos individuais”. “Não há nenhuma justificativa para esse ato, que ultrapassa o território judicial e mostra a intenção político-midiática que infelizmente está caracterizando esse tipo de ação”, escreveu o “indignado” Pimentel, talvez antevendo o que um dia pode lhe ocorrer. No ano passado, investigadores da Acrônimo requisitaram autorização para realizar apreensões na residência de Pimentel em Belo Horizonte e na sede do governo mineiro, o Palácio Liberdade, mas as medidas foram vetadas pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça. Ele deferiu apenas uma devassa no apartamento da primeira-dama Carolina Oliveira, em Brasília (DF), e em um antigo escritório do governador na capital mineira. Na ocasição, Pimentel tentou se confundir com o Estado de Minas Gerais. Com o avanço das apurações, não está claro até quando o STJ vai barrar as ações da PF contra Pimentel. (Felipe Frazão, de Brasília)