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Alvo da Lava Jato, aliado de Jader já foi número 2 de ministério

Sob investigação da PF, o ex-senador Luiz Otávio foi eleito pelo PSDB, migrou para o PMDB, apoiou Lula e teve cargos importantes nas gestões Dilma e Temer

Por Da Redação
Atualizado em 16 fev 2017, 13h00 - Publicado em 16 fev 2017, 12h05
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  • Um dos alvos da nova fase da Operação Leviatã, desdobramento da Operação Lava Jato, o ex-senador Luiz Otávio é aliado do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e ocupou cargos de destaque nos governos de Michel Temer (PMDB) e Dilma Rousseff (PT).

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    Otávio foi secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, o segundo cargo mais importante na hierarquia da pasta, em parte da interinidade de Temer à frente do Palácio do Planalto. O ex-senador foi exonerado em decreto assinado pelo presidente e pelo filho de Jader, o ministro Helder Barbalho, em portaria publicada no dia 23 de junho no Diário Oficial da União.

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    Otávio, no entanto, não ficou sem emprego. No mesmo dia, outra publicação no Diário Oficial assinada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o nomeou para o cargo de assessor especial do Ministério dos Transportes. Ele foi exonerado no dia 6 de janeiro deste ano.

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    O ex-senador também já ocupou cargos relevantes na administração petista. Ele esteve na secretaria-executiva da extinta Secretaria Especial de Portos no governo Dilma, comandada por Helder Barbalho. Pouco antes do seu afastamento temporário do Planalto, em maio, a petista enviou ao Senado uma mensagem para nomear Otávio diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Temer, contudo, retirou a indicação dele ao cargo no início de junho passado.

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    Luiz Otávio foi eleito senador em 1998 pelo PSDB, com o apoio do então governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB). Durante o mandato, no entanto, deixou o partido e migrou para o PMDB, onde integrou a base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Alvos

    Os nomes do filho do senador Edson Lobão (PMDB-MA), Márcio Lobão, e de Luiz Otávio foram indicados na delação do executivo da Andrade Gutierrez Flávio Barra, que relatou pagamentos feitos pela empreiteira pelas obras das usinas hidrelétricas de Belo Monte e Angra 3.

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    Segundo o ex-diretor da Andrade Gutierrez, integrante do consórcio construtor de Belo Monte, entre 4 milhões de reais e 5 milhões de reais foram repassados ao senador Lobão pelas obras de Angra 3 e 600 mil reais por Belo Monte. De acordo com o delator, o valor relacionado a Belo Monte foi entregue em espécie na casa de Márcio Lobão. Ainda em sua delação, o executivo disse que a propina em Belo Monte era de 0,5% para o PT e 0,5% para o PMDB – porcentual sobre o valor do contrato.

    Lobão é hoje o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, responsável por sabatinar o novo ministro do STF e também o futuro procurador-geral da República. As buscas desta quinta-feira são feitas nas residências e escritórios de trabalho dos suspeitos de fazerem o repasse de valores aos políticos que estão na mira do inquérito.

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    No inquérito que tramita sob sigilo no STF, são investigados, além de Lobão e Barbalho, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

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    (Com Estadão Conteúdo)

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