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Aliados tentam acertar encontro entre Temer e Alckmin

Dificuldade de candidaturas de centro motivam políticos próximos ao Palácio do Planalto a articularem reunião entre o presidente e o governador tucano

Por Estadão Conteúdo 5 fev 2018, 09h58

Aliados do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do presidente Michel Temer (PMDB) tentam agendar uma reunião entre os dois para que eles discutam uma possível aliança nas eleições de 2018. O grupo do Palácio do Planalto está preocupado com a estagnação das candidaturas de centro e tem cada vez mais receio do lançamento de possível outsiders na política – apesar de negar que concorrerá, o apresentador de TV Luciano Huck segue flertando com o PPS.

No governo federal, surpreendeu o fato de Alckmin não ter crescido nas pesquisas após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a doze anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mesmo assim, a conversa com o tucano leva em consideração o fato de que as possíveis candidaturas da base aliada não estão melhores.

Se o paulista tem apenas de 6% a 11% na última pesquisa Datafolha, os nomes do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do próprio presidente Temer empolgam menos ainda os eleitores. “O Geraldo e o Michel precisam conversar e eu sou um dos que estão tentando organizar esse encontro”, disse o deputado federal Beto Mansur (PRB-SP), vice-líder do governo na Câmara.

“Depois daquela estranheza que houve na questão das denúncias, é bom aparar as arestas”, emendou Mansur. A “estranheza” a que o deputado se refere é a falta de engajamento de Alckmin para ajudar o presidente a obter votos contra suas duas denúncias criminais no PSDB. “Ficou um mal-estar”, resumiu.

Do outro lado, aliados do governador de São Paulo não estão tão animados em se aliar ao PMDB. No Palácio dos Bandeirantes, a aliança com o partido de Temer foi vista como tóxica e a estratégia, agora, é se acertar com outros partidos da base.

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Alckmin planejar ter um vice do DEM. Ele mira o atual ministro da Educação, o pernambucano Mendonça Filho, e planeja fazer ao menos outras três concessões ao partido: apoiar a reeleição de Maia à presidência da Câmara em 2019 e estar nos palanques do partido na Bahia e no Rio de Janeiro.

Pacto

Pesquisas que chegaram ao conhecimento do Planalto indicam que os escândalos envolvendo o ex-presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), também prejudicaram o paulista. Aécio chegou a ser afastado do mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas voltou ao cargo por decisão do Congresso Nacional.

Diante do cenário e das negociações do PSDB com legendas da base, aliados de Temer cogitam ao menos um pacto de não agressão com os tucanos, abrindo espaço para composições regionais. Entendem que, enquanto os dois partidos se desentendem, Huck cresce e tende mais a entrar na disputa.

Outro que tenta reconstruir as pontes entre os palácios do Planalto e dos Bandeirantes é o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB) – único tucano mantido na Esplanada após o desembarque do partido da base. Ao menos em público, aliados de Alckmin se dizem confiantes mesmo com a pesquisa mais recente. “O caminho do PSDB está traçado, não importa quem entre ou saia. Seguiremos em frente, com a certeza de que iremos para o segundo turno. O que as pesquisas de hoje indicam é que a sociedade está pouquíssimo interessada na política”, disse o deputado Silvio Torres (PSDB-SP).

Previdência

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun (PMDB), afirmou que no cronograma político do governo “Previdência vem antes de Presidência”. O Planalto espera o respaldo dos tucanos na votação, que deve ocorrer neste mês, caso a proposta não seja retirada da pauta por falta de apoio.

As articulações sobre as eleições, diz Marun, passam pela reforma. O articulador do governo federal disse que, se Temer não disputar a reeleição, um apoio ao PSDB não está descartado. “Mesmo o PSDB não sendo organicamente da base, tem um discurso reformista”, argumentou.

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